Empresa comemora dez anos da “descoberta transformadora” no país vizinho do Brasil e planeja aumentar produção atual de 650 mil bpd para 1,7 milhão de bpd nos próximos cinco anos

A produção de petróleo da ExxonMobil na Guiana alcançou a marca de 650 mil bpd, após cinco anos e meio do início das atividades, em dezembro de 2019 e após uma década da descoberta offshore no bloco Stabroek, na Margem Equatorial do país, de reservas posteriormente confirmadas de 11 bilhões de barris de óleo.
O 10º aniversário da descoberta levou o vice-presidente senior de águas profundas da ExxonMobil Upstream, Hunter Farris, a divulgar um artigo comemorando o resultado no país, com o anúncio de novas metas para os próximos cinco anos.
No texto divulgado no último dia 16/5, Hunter Farris informou que a expectativa da ExxonMobil na Guiana é atingir a produção de 1,3 milhão de bpd até 2027 – cerca de 500 milhões de barris por ano – e 1,7 milhão de bpd até 2030.
Neste ano, a meta de produção é chegar a aproximadamente 900 mil bpd com o início da operação do FPSO One Guyana. A embarcação chegou, no final de abril, ao campo de Yellowtail, um dos ativos do bloco Stabroek. Antes de começar a produção do projeto, falta concluir as atividades de instalação de poço.
O primeiro FPSO da ExxonMobil a produzir na Guiana foi o Liza Destiny, em 2019, com capacidade de produção de 120 mil bpd. O segundo foi o Liza Unity, em 2022, com capacidade de produção de 220 mil bpd. Já o terceiro é o FPSO Prosperity, que está no campo de Payara produzindo desde 2023. Sua capacidade produtiva chega a 220 mil bpd.
Dos que ainda não iniciaram a produção, há o FPSO One Guyana; o FPSO Errea Witu, que está previsto para começar em 2026; e o FPSO Jaguar, com perspectivas de iniciar as atividades em 2027 no campo de Whiptail.
Ainda em Stabroek, a ExxonMobil planeja mais dois projetos: o de Hammerhead e o de Longtail, que tiveram as descobertas de hidrocarbonetos anunciadas em 2017. Para Hammerhead, a companhia está em andamento com uma avaliação de impacto ambiental (EIA, em inglês).
Em fevereiro deste ano, a empresa solicitou à Agência de Proteção Ambiental da Guiana (EPA) um pedido de licenciamento ambiental para Longtail. Este projeto é o primeiro a ser voltado somente para exploração de gás não associado nos campos de Longtail, Tripletail e Turbot.
De acordo com o projeto enviado à EPA, a capacidade de produção esperada do FPSO está entre 1 milhão de pés cúbicos/d e 1,5 milhão de pés cúbicos/d de gás não associado e entre 200 mil barris de condensado/d e 290 mil barris de condensado/d. A escolha da empresa para construir o FPSO está em andamento.
Descoberta transformadora
A ExxonMobil opera o bloco Stabroek com 45% de participação em parceria com a Hess Guyana Exploration (30%) e com a CNOOC (25%).
A companhia está na Guiana desde 2015 e, tanto ela quanto seus parceiros, gastaram mais de US$ 2,5 bilhões com mais de 1,7 mil fornecedores guianenses em bens e serviços. Segundo a Exxon, mais de 6 mil trabalhadores locais estão em atividades de apoio às suas operações.
Segundo o vice-presidente senior de águas profundas da ExxonMobil Upstream, a “descoberta transformadora” do bloco Stabroek tornou a Guiana uma superpotência energética, com a economia que mais cresce no mundo.
“Seus carregamentos de petróleo foram enviados para a América Latina, os EUA, a Europa e até mesmo países da Bacia do Pacífico. Considerando a turbulência global dos últimos anos desde a pandemia, isso já diz muito”, afirmou Hunter Farris, ressaltando o é o papel que a Guiana desempenha no oferecimento de maior segurança energética e econômica para economias ao redor do mundo.
Os resultados expressivos da rodução de petróleo na Guiana é o principal incentivo para a exploração da margem Equatorial no Brasil, pela possibilidade da extensão do poitencial de reservas em teritório brasilerio. O prolífico bloco Stabroek da Guiana está localizado na Magem Equatorial da Guiana, não muito distante do bloco FZA-M-59, que a Petrobras aguarda licença do Ibama para iniciar perfuração.
Fonte: Revista Brasil Energia