O termo aditivo ao contrato de concessão foi assinado na terça-feira (1) e a decisão veio após a ANP aprovar a revisão do plano de desenvolvimento (PD) do campo em novembro de 2024; o PD prevê perfuração poços produtores e planos para o FPSO Cidade de Vitória

A fase de produção do campo de Golfinho, operado pela BW Energy, foi prorrogada até 31 de dezembro de 2042. O termo aditivo ao contrato de concessão foi assinado na terça-feira (1) e a decisão veio após a ANP aprovar a revisão do plano de desenvolvimento (PD) do campo em novembro de 2024.
A ANP também aprovou a redução da alíquota de royalties sobre a produção incremental. Neste PD, a BW planeja perfurar quatro poços produtores: dois em 2026 e dois em 2030.
Como atividades secundárias, a companhia prevê a perfuração de poços produtores em estruturas menores dentro do ring-fence de Golfinho. Caso se provem economicamente viáveis, a produção ocorrerá por meio do FPSO Cidade de Vitória, que opera no campo.
Os investimentos que as atividades poderão gerar são o montante de R$ 1,9 bilhão. Destes, R$ 1,2 bilhão destinados à perfuração, completação e interligação de quatro novos poços produtores.
A previsão é que estes investimentos adicionem 51 milhões de barris de petróleo e 1,5 bilhões de metros cúbicos de gás natural à produção do campo. Com isso, o Fator de Recuperação (FR) poderá aumentar para 30% e 32% ao petróleo e ao gás natural, respectivamente.
Uma outra justificativa ao pedido de prorrogação da fase de produção envolve o projeto da Karoon em transformar o FPSO Cidade de Vitória em um hub de produção para reservatórios de outros campos, como os de Canapú, Camarupim, Camarupim Norte e o bloco exploratório BM-ES-23, além do próprio campo de Golfinho.
A modificação poderá estender a curva de produção além do prazo que os projetos permitiriam. Segundo a Karoon, integrar a produção de outros campos ao FPSO fará com que as receitas se agreguem e sustentem a operação por mais tempo do que o campo de Golfinho seria capaz.
Ativos
A BW Energy possui 100% de participação nos Polos Golfinho – que compreende os campos de Golfinho (100%), Canapu (100%) e o bloco exploratório BM-ES-23 (76,47%) – e Camarupim, que inclui os campos unitizados de Camarupim (100%) e Camarupim Norte (100%).
O contrato dos polos – ambos localizados no pós-sal da Bacia do Espírito Santo – ainda inclui o FPSO Cidade de Vitória, que opera em Golfinho e Canapu.
Além desses ativos, a BW Energy opera, no Brasil, o campo de Maromba (100%), localizado na Bacia de Campos, após ter comprado as participações da Petrobras e da Chevron em 2019.
Fonte: Revista Brasil Energia