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Clippings - 23/10/24

Ferroport está perto de alcançar 25 milhões de toneladas embarcadas em 2024

Divulgação Ferroport

Terminal de minério de ferro triplicou exportações e embarcou mais de 160 milhões de toneladas, em 10 anos de operação. JV entre Anglo American e Prumo investiu mais de R$ 500 milhões no período

A Ferroport projeta atingir, em breve, uma marca entre 24,5 milhões e 25 milhões de toneladas de minério embarcadas em 2024. A empresa, que completa 10 anos de operação esta semana, totaliza mais de 160 milhões de toneladas, desde o início das atividades. A joint venture da mineradora Anglo American e da brasileira Prumo Logística opera o terminal de minério de ferro do Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense. Em 2023, a Ferroport lançou um programa com objetivo de materializar seu planejamento estratégico para os próximos anos e se preparar para uma operação futura de 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

O ‘Rumo aos 30!’ vem planejando e executando iniciativas que visam a garantia da confiabilidade e eficiência das operações de forma sustentável, abrangendo desde a melhoria de processos, a modernização e otimização dos ativos, até a capacitação de colaboradores para garantir que os objetivos estratégicos do negócio sejam alcançados.

“O projeto [terminal da Ferroport] é desenhado para 26,5 milhões de toneladas. Este ano, vamos chegar perto de 24,5 a 25 milhões de toneladas. Em 2015, começamos com 8 milhões e, desde então, estamos no ramp up para, nos próximos anos, alcançarmos os 26,5 milhões”, disse o CEO da Ferroport, Carsten Bosselmann, à Portos e Navios. Ele frisou que os cronogramas futuros dependem de decisões estratégicas do grupo e de seus acionistas.

Desde 2014, 1.200 navios já atracaram no terminal da Ferroport para embarques de minério, que, atualmente, têm como principais destinos China e Bahrein, no Golfo Pérsico, além de México, Estados Unidos, Índia e países da Europa e África. O primeiro navio carregado, o Key Light, de 80 mil toneladas, marcou à época o início da operação de todo o complexo portuário do Açu. O executivo disse que o calado atual de 18,5m permite a atracação dos navios padrão da frota da Anglo, classe capesize.

No ano passado, a Ferroport apresentou lucro líquido de R$ 489 milhões, 3,4% acima do apurado em 2022. A companhia ampliou em mais de 60% os aportes para modernizar sua infraestrutura, com R$ 125 milhões investidos em 2024, totalizando mais de R$ 500 milhões ao longo de uma década de operação do terminal. A empresa iniciou recentemente a automação dos seus equipamentos de pátio, visando uma maior eficiência em suas operações com inovação e segurança.

Bosselmann destacou que a companhia vem implementando um programa de gestão de ativos, a fim de minimizar o risco de paradas não planejadas e aumentar a eficiência, com investimentos em tecnologias avançadas de monitoramento, treinamentos de segurança e na adoção de procedimentos operacionais mais rigorosos.

O minério exportado no terminal de minério é extraído pela Anglo American em sua mina em Conceição de Mato Dentro (MG). O produto é transportado por mineroduto de 529 quilômetros, pertencente à Anglo American, percorrendo 33 municípios até o Porto do Açu, onde passa por processo de filtragem no terminal da Ferroport e é estocado até ser exportado. Atualmente, a Ferroport gera cerca de 300 empregos diretos e 310 indiretos em São João da Barra e região, totalizando mais de 600 colaboradores.

Com base no inventário de emissões, a companhia elaborou um plano de descarbonização que inclui metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, com compromisso de reduzir em 75% as emissões de escopo 1 e 2 de seus processos. A Ferroport já consome energia elétrica 100% renovável gerada por usina eólica em suas operações. Por ano, são consumidos 37 mil megawatt/hora (MWh) de energia na operação da planta, o equivalente ao consumo de cerca de seis mil residências.

O CEO da empresa também destacou investimentos na gestão eficiente dos recursos hídricos, para que mais de 85% da água utilizada nos processos da companhia sejam provenientes de fontes alternativas de reuso. Bosselmann mencionou ainda o programa Aterro Zero, implementado para que nenhum resíduo gerado pela Ferroport a partir deste ano seja confinado em aterro sanitário, reduzindo impactos atrelados à geração e destinação dos resíduos.

Fonte: Revista Portos e Navios