As indústrias do Rio de Janeiro cobram melhorias urgentes nos portos do estado para alcançar a liderança no ranking de cargas movimentadas em território brasileiro. A estratégia é aproveitar a saturação de portos como o de Santos, no litoral paulista, e a ampliação da malha ferroviária da região para explorar o potencial produtivo do interior fluminense e dos estados vizinhos. Mas para tornar esse sonho realidade, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) reivindica melhorias nos acessos terrestres e um programa de dragagem contínua nos portos.

Atualmente, o Rio de Janeiro aposta suas fichas nos portos de Itaguaí, do Rio de Janeiro e o futuro porto do Açu, que está sendo construído pelo megaempresário Eike Batista. Durante reunião da Câmara Setorial de Comércio Exterior do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio, o gerente de infraestrutura e novos investimentos da Firjan, Riley Rodrigues de Oliviera, disse que o grande obstáculo dos portos do estado reside na dificuldade da carga chegar até eles, por terra ou pelo mar. “O Brasil precisa ter um programa especial de dragagem contínua. Os portos precisam ter dragas exclusivas para manter seus acessos aquáticos sempre com sua capacidade máxima”.

As dificuldades de expansão nos portos, como acontece em Itaguaí, formam outro gargalo lamentado pelos empresários. Todos apontam para a vagarosidade na obtenção das licenças ambientais. De acordo com Oliveira, o sistema portuário do Rio terá, até 2015, potencial para movimentar o maior volume de cargas entre os estados brasileiros. Os principais motivos para isso, explica o gerente da Firjan, são os investimentos nas indústrias de base e a construção do Arco Metropolitano do Rio.