Segundo relatório da FitchRatings, a elevação segue a conclusão da incorporação das ações da Enauta e da Maha Energy
Por Fernanda Legey

A agência classificadora de riscos FitchRatings elevou os ratings de longo prazo da 3R Petroleum, atribuindo perspectiva estável, informou a companhia em comunicado na segunda-feira (5).
Sobre as classificações:
- Rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda estrangeira: BB-
- Rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda local: BB-
- Rating nacional de longo prazo: AA-
Além disso, a Fitch elevou o rating da emissão de US$ 500 milhões em notes pela 3R Lux para BB-. De acordo com a agência, a elevação segue a conclusão da incorporação das ações da Enauta e da Maha Energy pela 3R.
“A transação via ações fortalece a escala e a eficiência operacional da Companhia, além de reduzir materialmente a alavancagem financeira e ampliar a base de ativos já diversificada”, disse a 3R no comunicado.
No relatório, a agência aponta que a maior escala e as potenciais sinergias podem otimizar os investimentos e os custos operacionais da 3R no offshore.. As reservas provadas (1P) devem aumentar para 511 milhões de barris de petróleo equivalente (boe) e a produção, para 90 mil boe/ dia em 2024 (pro forma) e 110 mil boe/d em 2025.
Melhores preços nas exportações, a partir de maior armazenamento no campo de Papa-Terra e do óleo com baixo teor de enxofre de Atlanta, também podem ser obtidos pela companhia.
Adicionalmente, os ratings devem continuar a se beneficiar do baixo risco de exploração e da flexibilidade de aplicação do capex pela companhia, os quais refletem uma vida útil de reserva confortável. A Fitch estima 12 anos de reservas 1P até 2026, assumindo que não haja reposição de reservas.
Sobre as receitas offshore, a previsão é que entre 2024 e 2026 o montante tenha alta de 55% sobre a receita total da 3R. Já a produção tem expectativa de crescer 11% ao ano entre 2024 e 2028, influenciada por melhorias nas instalações do cluster Potiguar e pelo aumento gradual da eficiência de Papa Terra.
Fonte: Revista Brasil Energia