O Fundo de Marinha Mercante (FMM) não tem problema de caixa para atender a demanda de projetos. A afirmação é da diretora do fundo, Débora Martins Teixeira, que participou da abertura da Navalshore 2009na última quarta-feira. Segundo ela, toda vez que um projeto é priorizado, o FMM aloca os recursos até que o projeto seja contratado, ou seja, até que haja o desembolso. O FMM tem em estoque R$ 6,5 bilhões dentro do departamento de projetos pedidos. O reforço, segundo ela, não é um problema de caixa. Débora frisou que os recursos do fundo são para pagamento. No entanto, diz, em função do desenvolvimento do setor, o FMM precisa de um reforço de caixa para atender a demanda de pedidos de novos estaleiros, uma vez que mais da metade desse valor é destinado para os estaleiros já existentes.
Não é muita coisa. Depende do que o conselho do FMM aprovar. Esse é o pedido, mas não sabemos o quanto o Conselho aprova. O FMM tem recursos suficientes para atender a demanda do setor naval. Tudo que está contatado e priorizado com certeza nós honraremos. O FMM não tem problema de caixa.
Participando também do evento, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, afirmou que o Brasil precisa ter, no mínimo, dois estaleiros de reparos. Na sua opinião, o país que já deslanchou os estaleiros de construção precisa urgente desses estaleiros. Temos uma frota grande e precisamos de dois excelentes estaleiros de reparo na América do Sul e nós vamos estimular para que isso se concretize. A Transpetro entrará com a demanda, comentou, acrescentando que a filosofia da estatal sempre foi estimular o investimento privado. Vários grupos estão estudando essa proposta e esperamos que em breve isso possa avançar. Já o presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Santana Rocha, afirmou ao que há uma negociação entre a Petrobras e o Banco fator e MPE para a aquisição do estaleiro Sermetal, localizado no Caju. Segundo ele, essas negociações continuam em andamento e ele espera que tudo termine em um final feliz para o Estado do Rio de Janeiro.
Além do Estado do Rio precisar gerar mais empregos, é um patrimônio que está se deteriorando, se acabando. A Petrobras como precisa de base, então há grande perspectiva da Petrobras arrendar o estaleiro como é feito no Walter Torres no Rio Grande do Sul.(Fonte: Monitor Mercantil/Marcelo Bernardes)