Em busca de novos mercados, que passem longe da crise econômica mundial, 33 empresários do Espírito Santo foram ontem ao município de São João da Barra, na Região Norte do Estado do Rio de Janeiro, onde começa a ser construído o Complexo Porto do Açu. Um investimento de R$ 3 bilhões da LLX, braço de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista. A visita técnica teve o objetivo de conhecer o empreendimento e de levar aos empreendedores a vontade dos capixabas de participar da construção e da manutenção do complexo.
Além de pátio logístico, o Porto do Açu vai abrigar pelotizadoras, siderúrgicas, termelétrica, unidades petroquímicas e uma montadora de automóveis. Um empreendimento desse tamanho, a 250 quilômetros de Vitória, atraiu a atenção de empresários da construção civil, do setor metalmecânico, da construção pesada e do mármore e granito.
Apesar de ser apenas um primeiro contato, o encontro foi proveitoso. Em Vitória, estamos bem próximos do complexo. A ideia é sermos fornecedores de serviços, desde construção pesada, até a manutenção do complexo. Temos ?expertise? nisso, destacou Wilmar Barroso, presidente do Sindicato da Construção Pesada.
O diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), Rusdelon Rodrigues, disse que os capixabas foram muito bem recebidos pelos representantes da LLX e que, nas próximas semanas, poderão surgir algumas, boas, novidades. Acredito que há um interesse de ambas as partes. Já temos um canal de discussão, nas próximas semanas voltaremos a entrar em contato com o pessoal da LLX para apresentarmos ideias.
Gerenciamento
Os capixabas também acreditam que podem contribuir com projetos de engenharia e de gerenciamento. Marcelo Hermann, do Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia e Consultoria, foi a São João da Barra, e destacou a importância de conhecer o início do projeto e das possibilidades abertas.
O projeto é muito grande. As empresas locais de engenharia têm condições de prestar serviços, diz Hermann.
O terminal portuário, já em construção, terá seis berços de atracação para navios graneleiros e quatro berços de atracação para cargas gerais. Com 18,5 metros de profundidade, o porto permitirá a atracação de navios com até 220 mil toneladas.
Temos que fornecer serviços para esse grande projeto, que está a apenas 250 quilômetros de Vitória
Wilmar Barroso , presidente do sindicato da construção pesada no Espírito Santo
Nós temos experiência em operação, infraestrutura e manutenção. Eles precisarão de tudo isso
Rusdelon Rodrigues , diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico