Das quase 834 milhões de toneladas movimentadas nos portos brasileiros em 2010, cerca de 188 milhões foram cabotagem, um aumento de 6% sobre o ano de 2009 e de 9% sobre 2008.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstram que, apesar de a frota de cabotagem estar a crescer, o número de navios brasileiros ainda é insuficiente para responder à procura. Em consequência, o número de pedidos de autorização para afretamento de embarcações estrangeiras aumentou em 2010.
“A resposta à procura de transporte na cabotagem depende do afretamento de embarcações. Em 2010, foram confirmados pedidos de autorização de afretamento de embarcações estrangeiras no valor de 25,9 milhões de dólares”, informou a agência em comunicado.
Os principais tipos de embarcação fretadas foram graneleiros (64,1 milhões de dólares), navios-tanque (18,9 milhões), multiusos (14,1 milhões), petroleiros (13,8 milhões) e porta-contentores (10,4 milhões).
Armadores estrangeiros aproveitam a oportunidade
Companhias estrangeiras de navegação de longo curso criaram subsidiárias e empresas brasileiras entraram no negócio da cabotagem. A frota de navios porta-contêineres operacionais dedicados à cabotagem com frequência regular na costa é de 20 embarcações (oito da Aliança; sete da Log-In; três da Mercosul Line; e duas da Maestra, empresa recém-criada).
E a maioria delas planeja ampliação para este ano. A Maestra estará com mais duas unidades neste semestre; a Aliança irá reativar dois navios que ficaram parados em 2009 e 2010, por conta dos efeitos da crise mundial; e a Log-In está tocando plano de R$ 1,3 bilhão para renovação da frota que prevê embarcações maiores para substituir as atuais. Duas delas chegam até setembro. Criada em 2007, a companhia verifica desde então um crescimento anual de 28% nos volumes.