Quantidade de embarcações de bandeira estrangeira em AJB, que havia diminuído em agosto, permaneceu em 15%, segundo relatório mais recente da frota do Syndarma/Abeam
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras (AJB) totalizou 444 embarcações em setembro, mesma quantidade que em agosto, quatro embarcações a menos do que em julho (448) e 29 unidades a mais do que em setembro de 2023. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 378 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 66 de bandeira estrangeira, na posição de setembro de 2024.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 202 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 84 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
Assim como em agosto, as embarcações com bandeira nacional representam 85% da frota de apoio offshore, enquanto 15% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Nos meses anteriores, os percentuais de participação da bandeira nacional na atividade foram de 84% em julho, 85% em junho, 86% em maio e em abril, 85% em março, 86% em fevereiro e 87% em janeiro.
Em julho, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 448 embarcações, das quais 378 de bandeira brasileira e 70 de bandeiras estrangeiras. Em junho, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 445 embarcações, das quais 379 de bandeira brasileira e 66 estrangeiras. Em maio, foram 437 embarcações — 376 de bandeira brasileira e 61 de bandeiras estrangeiras. Em abril, havia 375 de bandeira brasileira e 59 de bandeira estrangeira. Em março, havia 371 de bandeira brasileira e 63 de bandeiras estrangeiras. Em fevereiro, eram 435 embarcações, das quais 372 de bandeira brasileira e 63 de bandeiras estrangeiras. Em janeiro, eram 431 embarcações, das quais 373 de bandeira brasileira e 58 de bandeiras estrangeiras.
De acordo com a publicação, a frota em setembro era composta por 47% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 208 barcos, uma a mais do que em agosto. Outros 14% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 63 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 63 unidades no período (14%), enquanto 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 22 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 17 PLSVs
(lançamento de linhas).
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 75 unidades (12 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência com 25 barcos de pavilhão nacional cada. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) aparece com 22 barcos de apoio. A OceanPact e Starnav também aparecem com 22 embarcações de bandeira brasileira cada uma.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 53 PSVs/OSRVs, 12 AHTS, 2 PLSVs, 2 RSVs, 2 MPSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em setembro, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
Fonte: Revista Portos e Navios