
PSVs e OSRVs totalizaram 202 barcos em maio, três unidades a mais do que em abril, segundo relatório Syndarma/Abeam. Embarcações com bandeira nacional se mantém em 86% da frota de apoio offshore
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras totalizou 437 embarcações em maio, três a mais do que as 434 unidades em abril e em março, e 29 unidades acima do registrado em maio de 2023 (408). De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 376 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 61 de bandeira estrangeira, na posição de maio de 2024.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 195 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 115 de bandeira brasileira. Cerca de 82 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
As embarcações com bandeira nacional representam 86% da frota de apoio offshore, assim como em abril, enquanto 14% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Nos meses anteriores, os percentuais de participação da bandeira nacional na atividade foram de 85% em março, 86% em fevereiro e 87% em janeiro.
Em abril, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 434 embarcações, das quais 375 de bandeira brasileira e 59 de bandeiras estrangeiras. Em março, havia 371 de bandeira brasileira e 63 de bandeiras estrangeiras. Em fevereiro, eram 435 embarcações, das quais 372 de bandeira brasileira e 63 de bandeiras estrangeiras. Em janeiro, eram 431 embarcações, das quais 373 de bandeira brasileira e 58 de bandeiras estrangeiras.
De acordo com a publicação, a frota em maio era composta por 46% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 202 barcos, três a mais que em abril. Outros 15% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 63 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 62 unidades no período (14%), enquanto 26 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 19 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 17 PLSVs (lançamento de linhas).
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 70 unidades (7 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira (1 estrangeira). A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência com 25 barcos de pavilhão nacional cada. A OceanPact, com 23 embarcações de bandeira brasileira, vêm logo em seguida. Segundo o relatório, aparecem com 21 barcos de apoio a Starnav e a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 4 estrangeiras).
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 49 PSVs/OSRVs, 11 AHTS, 2 PLSVs, 2 RSVs, 2 MPSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em maio, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, que tem 16 unidades com essas especificações.
Fonte: Revista Portos e Navios