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Clippings - 09/11/10

Frota nacional deve crescer em 51%

Levantamento da Antaq aponta alta de 7,3% do setor nos últimos quatro anos.

A Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) divulgou ontem (dia 8) o estudo Raio X da Frota Brasileira na Navegação de Cabotagem – principais empresas e suas frotas, elaborado pela SNM (Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio), órgão da agência. O objetivo do trabalho é medir a capacidade de transporte da frota brasileira na navegação entre portos nacionais, por empresas operadoras e por tipos de embarcações, em TPB – Tonelagem de Porte Bruto.

Segundo o relatório, a frota de cabotagem obteve um crescimento de 7,3% nos últimos quatro anos, devido ao aumento do número de embarcações dos tipos barcaça, porta-contêiner e cargueiro. A frota brasileira do segmento tem atualmente 147 unidades disponíveis, operadas por 32 empresas de portes variados. A tonelagem total é de 2.929.073, sendo sua idade média de 18,4 anos – considerada elevada.

De acordo com o estudo da Antaq, o Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota) da Transpetro e o Programa EBN (Empresa Brasileira de Navegação) permitem antever a renovação da frota brasileira de cabotagem até 2015, com expansão chegando a 51%, e o aumento da capacidade de transporte em 151%, além da decorrente redução da idade média geral.

A frota especializada do segmento deve também contar com um fator extra: o diretor da Antaq, Tiago Lima (foto), anunciou no final de setembro que a organização está trabalhando juntamente com outros órgãos federais e companhias marítimas em um plano de ação denominado Projeto de Revitalização da Cabotagem no Brasil, que será finalizado ainda este ano, para ser apresentado em 2011 à presidente recém-eleita, Dilma Roussef.

A ideia é apresentar medidas que incentivem o modal no país, trazendo novos investidores e realizando uma interface com a indústria naval, que é um dos setores mais interessados neste tipo de transporte por conta da demanda por embarcações nacionais. O assunto também interessa os representantes dos trabalhadores portuários, que estão apresentando sugestões ao projeto.

Ranking

Segundo o levantamento da Antaq, a maior frota brasileira é a da Petrobras, com 42 embarcações, todas próprias. O número representa 28,6% do quantitativo total de embarcações e 46,2% do total nacional em tonelagem de porte bruto. Em seguida, aparecem a Companhia de Navegação Norsul e a Empresa de Navegação Elcano, com respectivamente 13,2% e 10,9% de suas capacidades. Enquanto a Norsul opera com 24 embarcações, a Elcano opera com dez embarcações, gerando médias de 16.043 e 31.929 TPB.

Na quarta e quinta posições estão a Aliança Navegação e Logística, com dez embarcações (299.350 TPB), sendo seis afretadas, e uma participação de 10,2%, e a Mercosul Line, que conta com três embarcações, sendo uma afretada, e detém 3,6% da tonelagem da frota brasileira (105.662).

A capacidade média de transporte da Aliança é de 29.935 TPB. A Mercosul, por sua vez, detém 3,6% da tonelagem da frota brasileira, com 105.662 TPB e possui uma média de 35.221 TPB por embarcação, média superior às da Petrobras e da Elcano.

Classes de embarcações

Por tipo de embarcação, os petroleiros têm uma capacidade de transporte de 1.284.422 TPB dividida por 38 unidades, representando 43,9% da tonelagem da frota brasileira. A idade média das embarcações é de 23,8 anos.

Os graneleiros aparecem em segundo lugar, com 18 embarcações e uma capacidade de 709.848 TPB, equivalendo a 24,2% da tonelagem total. A idade média dos graneleiros é de 24,3 anos.

Os porta-contêineres surgem na sequência, com uma capacidade de 323.624 TPB, que representam 11,1% da tonelagem total, distribuídas em 12 embarcações, com idade média de apenas 12,3 anos; os cargueiros, que totalizam 150.417 TPB, distribuídas em 12 embarcações, com média de 22,3 anos, representando 5,1% do total em TPB; e os tanques químicos, cuja capacidade disponível é de 114.466 TPB, que equivalem a 3,9% do total, distribuídas em sete embarcações, com idade média de 18,7 anos.