Empresa irá adquirir dados geocientíficos a partir do estratigráfico 2-FSAS-1A-MT, a fim de avaliar a viabilidade de estocagem de CO₂ na bacia

A FS Agrisolutions Indústria de Biocombustíveis iniciou a perfuração do poço estratigráfico 2-FSAS-1A-MT, na Bacia de Parecis. De acordo com dados do sistema da ANP, o poço foi perfurado no dia 23 de setembro. 

Esse poço faz parte do projeto da FS Agrisolutions para adquirir dados geocientíficos e avaliar a viabilidade de estocagem de CO₂ na Bacia do Parecis, no âmbito do projeto BECCS (sigla em inglês para produção de bioenergia com captura e armazenamento de carbono). Um outra atividade para conseguir os dados será por meio de desvio (sidetrack) no poço 2-FSAS-1-MT (já está perfurado).

O novo poço, o 2-FSAS-1A-MT, tem como objetivo alcançar a formação Sepotuba, situada na região do município Lucas do Rio Verde (MT).

No final de agosto, a ANP aprovou que a empresa adquirisse os dados geocientíficos. As superintendências da ANP recomendaram, à  época, que a FS Agrisolutions esteja sujeita às mesmas obrigações que recaem sobre os operadores de contratos de E&P.

As áreas técnicas da ANP também indicaram que não existe sobreposição do projeto com blocos exploratórios existentes, com blocos exploratórios no edital vigente da Oferta Permanente de Concessão (OPC) e nem com blocos ou áreas em estudo para inclusão na OPC.

No entanto, A agência determinou que os dados serão considerados como “dados de fomento” – públicos desde o momento da aquisição –, já que a área em que o projeto está poderá, futuramente, ser ofertada na OPC, e pelo fato de que o projeto está localizado em área não contratada (ou seja, em área da União).

A FS é uma das maiores empresas de etanol de milho do Brasil. Iniciou suas operações em 2017 e hoje conta com três unidades fabris, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Primavera do Leste, em Mato Grosso, e escritório em São Paulo. Além do etanol, a companhia possui tecnologia de ponta para a fabricação de produtos para nutrição animal, óleo de milho e energia elétrica.

Fonte: Revista Brasil Energia