Durante duas décadas, os estaleiros viveram um perãodo de terra arrasada. Em seguida, se recuperaram com encomendas de barcos de apoio e, agora, contam com navios da Transpetro e, secundariamente, unidades para a cabotagem – cinco navios do Eisa para a Log-in – exportações – dez petroleiros do Eisa para a venezuelana PDVSA. Hoje o setor emprega 45 mil pessoas e novos projetos de estaleiros não param de ser anunciados. Mas, dos bastidores da feira Navalshore, recentemente encerrada no Rio, emanaram indícios preocupantes de que faltam recursos para financiar novas obras, tanto de navios como de plataformas.
Fontes bem informadas dizem que não há recursos para novos empréstimos do Fundo de Marinha Mercante (FMM) e o dinheiro lá existente garante apenas o que já foi autorizado. Segundo essas fontes, projetos no valor de R$ 7 bilhões aguardam por aprovação no Conselho Diretor do FMM. Uma prova do problema está no fato de que a última reunião da cúpula do FMM foi em dezembro do ano passado. Em 2009, não houve qualquer encontro dos conselheiros.
Há ainda, um outro problema: é que a Secretaria do Tesouro Nacional se recusa a financiar a parte importada dos navios, que corresponde a 35% do total. Mesmo sendo lógico não se financiar o estrangeiro, os estaleiros argumentam que, sem isso, o preço final – tanto de navios como de plataformas – irá subir, principalmente em época de real valorizado ante dólar e euro.(Fonte:Monitor Mercantil/Sérgio Barreto)