O CEO da GE Energy para a América Latina, Marcelo Soares, afirmou nesta quarta-feira, 19 de outubro, que a empresa irá entrar com tudo no leilão de energia A-5, marcado para 20 de dezembro deste ano. Ele salientou que o objetivo da companhia é obter uma taxa de sucesso semelhante ao ocorrido nos últimos certames, A-3 e de reserva, em agosto, quando a companhia conseguiu acordos para vender equipamentos para 100% das térmicas dos certames e 30% para das eólicas.
Estamos desenvolvendo as parcerias e os projetos e trabalhando ativamente para este próximo leilão. Nós já temos em carteira 1.000 turbinas eólicas contratadas e vamos montá-los nos próximos dois a três anos, a maioria na região Nordeste, no Rio Grande do Norte e na Bahia, onde estão os melhores ventos do Brasil, afirmou o executivo.
Devido às vitórias obtidas nos últimos leilões, a empresa anunciou no começo de outubro, a assinatura de um protocolo de intenções com o governo da Bahia para a construção de uma fábrica de aerogeradores no estado. O investimento previsto na implantação da unidade é de R$ 45 milhões e, segundo Soares, a empresa já tem contratados 800 aerogeradores para fornecer a projetos eólicos baianos. Ele ressaltou que a elevada demanda justificou a construção da fábrica no estado. A perspectiva da empresa é obter um faturamento de US$ 200 milhões com a nova unidade fabril na Bahia.
A princípio ele afirmou que não há planos de construir outra unidade de aerogeradores no Nordeste, mas já estão contratados mais 300 equipamentos para usinas no Rio Grande do Norte. O primeiro deles foi instalado no parque Morro dos Ventos, da Dobreve Energia, ocorrido em 3 de outubro. A quantidade lá não é muito grande. É necessária ter uma massa crítica para justificar o investimento, explicou.
Durante lançamento do primeiro centro de serviços para turbinas aeroderivadas da América Latina, no Rio de Janeiro, nesta quarta, Marcelo Soares também informou que a há perspectivas de desenvolver novos projetos na área de energia em países como Argentina, Venezuela, Peru, Chile e Colômbia em um perãodo de dois a cinco anos. Mas o executivo afirmou que o mercado brasileiro é um dos focos globais da empresa. Esse é um mercado prioritário e nós olhamos desde as energias renováveis até a solar e eólica, completou.