Uma das obras mais importantes do Programa Nacional de Dragagem (PND), a dragagem de aprofundamento do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, conta com intenso gerenciamento ambiental para preservar as atividades econômicas na Baía de Sepetiba. A execução dos serviços teve o tempo reduzido de dez para quatro meses. Com isso, a previsão é de que as atividades estejam concluídas até o final de novembro deste ano, totalizando o investimento de R$ 79,89 milhões.

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), um centro ligado à Coppe/UFRJ, é o órgão responsável pelo gerenciamento ambiental da dragagem em Itaguaí e em Angra dos Reis (onde o serviço já foi finalizado). De acordo com o coordenador executivo, Marcos Freitas, o Ivig mantém sempre uma equipe nas dragas, além de realizar o monitoramento das embarcações via GPS ininterruptamente. Outra preocupação do Instituto é preservar o “ganha-pão” de categorias como a dos pescadores, que trabalham em abundância na região.

Outro trabalho importante realizado pelos técnicos do Instituto é o Programa de Educação Ambiental, no qual são treinados os tripulantes das duas dragas, funcionários de Docas, operadores e portuários avulsos. Freitas destaca que, para isso, foi preciso aprender a lidar com a tripulação das dragas, que é constituída por estrangeiros, e até aprender noções de mandarim para se comunicar com os trabalhadores chineses.

A retirada dos sedimentos está sendo feita por duas dragas belgas, a Breydel e a Pearl River [foto], que é a maior em operação no Brasil neste momento. Cerca de 20 pessoas ligadas à Coppe realizam o monitoramento embarcadas, enquanto outras 15 fornecem o apoio em terra às atividades.

A dragagem fará com que a profundidade do canal de navegação em Itaguaí passe de 14 metros para 17,5 metros.

Website: www.portosrio.gov.br