Players podem ser forçados a sair da rota Ásia-Europa.
De acordo com a empresa analista Macquarie Capital Securities, as companhias que operam pequenos navios das rotas Ásia-Europa podem ser forçadas a saírem do trade devido à introdução de porta-contêineres ultralargos, que aumentam a pressão sobre as taxas de frete.
A diretora regional de setor industrial e marítimo da companhia, Janet Lewis, afirmou que o influxo de embarcações de mais de 10.000 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no trade Ásia-Europa foi a principal causa do colapso das taxas nos últimos nove meses.
Os volumes têm sido relativamente robustos, mas não houve capacidade suficiente que se ajustasse à chegada nos navios ultralargos, afirmou. Lewis alertou que as algumas das menores companhias podem enfrentar dificuldades financeiras devido à previsão de baixa precificação.
A analista acredita que haverá, no mínimo, marginalização dos pequenos players, que não podem competir na rota Ásia-Europa: Ainda assim, poderia ser de interesse financeiro deles retirar-se do que será, inevitavelmente, uma rota não lucrativa para os operadores de pequenos navios, enfatizou.
E ela finaliza: Não acredito que teremos uma mudança na capacidade até depois da temporada de pico. Com a frota inativa muito baixa, é mais provável que haja reposicionamento dos pequenos playes para a alta demanda de serviços nos trades intra-Ásia e Ásia-Oriente Médio.