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Clippings - 23/07/09

Greve dos portuários de Salvador, Aratu e Ilhéus continua

Portos permanecem operando parcialmente

A greve dos portuários de Salvador, Aratu e Ilhéus continua. Não houve acordo na audiência entre os trabalhadores e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) ocorrida no final da tarde desta quarta-feira, 22, na Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. Os portos baianos continuaram operando com 50% dos funcionários, o que já proporcionou a normalidade parcial durante esta quarta.

André Sturaro, assessor jurídico da Codeba, alega que os portuários foram intransigentes sobre a continuidade das 12 horas de jornada de trabalho e que no dia 13 de agosto haverá nova audiência para julgar a abusividade do movimento. ?Os sindicatos conseguiram durante alguns anos manter uma situação irreal para que os empregados ganhassem mais?, comenta Sturaro.

Já o presidente do Sindicato dos Portuários de Candeias (SPC-BA), Luís Borba, diz que é inaceitável a redução dos salários atuais e que os sindicalistas irão esperar a nova audiência. ?A Codeba usa a desculpa da crise para diminuir o gasto com os funcionários, mas não diminui a quantidade de assessores e o salário dos diretores?, contesta.

Os portuários entram nesta quinta-feirta, 23, no quarto dia de greve e reivindicam que a carga horária de 12 horas de trabalho seja mantida, sendo metade dela paga com horas extras, além de reclamar o reajuste salarial de 10,75%, que deveria ter sido dado desde 1° de junho. Segundo Ulisses Júnior, presidente do Sindicato Unificado dos Trabalhadores nos Serviços Portuários da Bahia (Suport-BA), caso os trabalhadores tenham essas horas reduzidas, haverá uma redução salarial de 40%.

Apesar de não estimar um valor sobre os prejuízos em decorrência da greve, Paulo Villa, diretor-executivo da Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport-BA), diz que a paralisação foi em um momento complicado para as empresas, por causa da crise econômica e a necessidade de cumprir contratos, que estão atrasados. ?Não temos condição de estimar ainda hoje este número do prejuízo, porque não temos os dados de todas as empresas. Mas posso assegurar que a greve dos portuários bloqueia a economia baiana?, diz.

Porém, já no final da tarde, funcionários no Porto de Salvador disseram que as operações durante o dia tinham sido normalizadas com o retorno dos 50% dos funcionários. Os caminhões estavam entrando normalmente, sem enfrentar mais nenhuma fila. O sindicato terá de pagar multa de R$ 70 mil por dia, caso descumpra a liminar ganha pela Codeba na última segunda-feira (20).

A Tecon Salvador, operador portuário, movimenta cerca de 400 contêineres por dia. Sua assessoria de imprensa respondeu ao A TARDE que não iriam se pronunciar sobre o assunto, ou os prejuízos causados.(Fonte: A Tarde On Line – Salvador,BA/Luciana Rebouças)