Este ano promete ser de grande desenvolvimento para o pré-sal na Baixada Santista. A previsão é do gerente da Unidade da Bacia de Santos da Petrobrás,José Luiz Marcusso, animado com a recente declaração de comercialidade da área de Lula.(antiga Tupi)e o início dos Testes de Longa Duração (TLD) em Guará.
Os testes estão acontecendo no poço SP Submarino 25 e são realizados pelo navio plataformaFPWSO Dynamic Producer,que não fica ancorado e atua com um sistema de posicionamento dinâmico.
Previsto inicialmente para começar em maio de 2010, os testes durarão de cinco a seis meses,com extração de 15 mil barris por dia.De acordo com Marcuso, o volume não tende a subir na fase de testes porque a vazão do gás tem que ser controlada. Marcusso explica também os motivos do atraso: “havia ajustes necessários na planta,em função de novas informações do pré-sal.Conforme íamos perfurando os poços,coletávamos novos dados.A planta tem que prever e ser capaz,por exemplo, de comportar o teor de CO2 encontrado”.
Apesar disso Marcusso aponta a velocidade do processo como o grande destaque da Petrobras na questão do pré-sal.E cita os dois últimos anos como os principais agentes nesse panorama.
“Entre 2009 e 2010 os resultados foram muito bons.Para a indústria do petróleo,o que já aconteceu até agora foi de maneira muito rápida.Mesmo que (em Guará) seja um teste,já podemos falar em um grande projeto de produção”,afirma Marcusso. O exemplo dessa agilidade é a FSPO Cidade de Angra dos Reis,navio-plataforma que é o primeiro sistema de operação definitivada área de Lula:”quando a carta de intenções do Angra dos Reis foi assinada a previsão do primeiro óleo em Tupi era de 26 meses. Não só cumprimos o prazo como conseguimos antecipá-lo para um mês”, salienta.
Após os testes dem Guará,será instalado um projeto piloto, que já está contratao desde janeiro de 2010.Será comandado pelo FPSO Cidade de São Paulo, com previsão de 120 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
“A previsão é que esse projeot esteja finalizado no final de 2012. A planta desse navio-plataforma é mais complexa que a de Angra dos Reis. Tem muito mais ajustes a se fazer. Entre a assinatura e o primeiro óleo a previsão é de 35 meses”,diz.
Com isso a Petrobras e seus parceiros no consórcio de concessão da área de Guará(BG Group e Repsol),esperam conhecer melhor toda a área e seu comportamento,o que seria um importante passo para a implantação de um projeot definitivo para a região e para o desenvolvimento do polo pre-sal da Bacia de Santos.
FUTUROS TESTES
Marcusso adiantou os próximos passos dos navios-plataformas que estão realizando os testes na região. O FPSO Cidade de São Vicente,que os realizou em Tupi(atual Lula) está indo para a região nordeste dessa mesma área. Depois,deve ir a Cernambi.Já o FPWSO Dynamic Producer irá para o poço chamado Carioca,a sudoeste de Guará,também da BMS-9(Bacia Marítima de Santos).
“Temos um vasto cronograma, mas ele ainda passará por ajustes, porque essa sequência precisa ser aprovada pelo Ibama e pela ANP”,afirma Marcusso.