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Clippings - 12/09/24

Ibama emite licença de operação para o FPSO Atlanta

O FPSO ainda precisa do aval da ANP para iniciar a produção no campo de Atlanta. Além disso, a Brava Energia informou os dados de produção preliminares e não auditados do mês de agosto

FPSO Atlanta (Foto: Divulgação)

O Ibama emitiu a licença de operação para o FPSO Atlanta, informou a Brava Energia em comunicado divulgado nesta quarta-feira (11). Adicionalmente, a companhia – resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta – afirmou que “segue empenhada em atender os pedidos para a autorização pendente da ANP, para iniciar a produção na nova plataforma”.

De acordo com a Brava, a campanha de instalação do segundo módulo de bombeio multifásico e conexão dos quatro demais poços previstos na Fase I do desenvolvimento do campo seguem conforme o cronograma. Abaixo, a ilustração  apresenta os principais marcos de execução e de entregas ao longo de 2023 e 2024.

Fonte: Brava Energia

O FPSO Atlanta foi construído pela Yinson e possui capacidade para processar até 50 mil bpd e estocar 1,6 milhão de barris de petróleo, bem como um processo de gestão de carbono, com o objetivo de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Ao todo, a então Enauta investiu cerca de US$ 1,1 bilhão para a Fase 1 do Sistema Definitivo (SD) de Atlanta.

Até que a autorização da ANP saia, a produção do campo está sendo feita pelo FPSO Petrojarl I, que faz parte do Sistema de Produção Antecipada (SPA) do campo. A unidade possui uma capacidade de processamento de 30 mil bpd.

Produção de agosto

Em agosto, a Brava Energia produziu 56,6 mil boed, totalizando um aumento de 3,1% ante os volumes de julho (54,8 mil boed, de acordo com os dados de produção preliminares e não auditados do mês de agosto.  

Ao todo, foram 46,2 mil boed de óleo (considerando a produção de gás nos ativos de Atlanta e Papa-Terra) e 10,377 mil boed de gás (considerando a produção de condensado nos ativos de Peroá e Manati). Houve acréscimo na produção de óleo (+3,7%) e a produção de gás se manteve estável em relação ao mês anterior (+0,66%).

No caso do óleo, o campo de Atlanta e o Polo Potiguar foram os que tiveram maior representação no mês, com a média de 19,5 mil boed e 22,1 mil boed, respectivamente. Contudo, enquanto Atlanta teve alta de 429% em relação à julho (3,6 mil boed), Potiguar teve queda de 2,5% ante o mês anterior (22,7 mil boed).

Em Papa-Terra e no Polo Recôncavo a produção foi, respectivamente, de 1,1 mil boed e 3,3 mil boed, representando uma queda de 92,4% para o primeiro, enquanto o segundo manteve o volume em linha com o mês de julho (-0,41%). No dia 4 de setembro, a companhia paralisou a operação em Papa-Terra à pedido da ANP, que também solicitou informações sobre a campanha realizada na plataforma. 

Em relação ao gás, o ativo do Recôncavo registrou a maior produção (5,3 mil boed), seguida de Peroá (2,8 mil boed) e Potiguar (2,1 mil boed). O primeiro ativo seguiu estável (+1%) em relação ao mês anterior (5,2 mil boed), já os outros dois tiveram aumento de 7,4% e queda de 7,8%, nessa ordem, na comparação mensal (2,6 mil boed e 2,3 mil boed). Por fim, a produção de Manati está prevista para retornar em outubro deste ano.

A Brava Energia é operadora dos Polos Potiguar (100%), Macau (100%), Areia Branca (100%), Fazenda Belém (100%), Rio Ventura (100%), Recôncavo (100%), Peroá (85%), Papa-Terra (62,5%) e Atlanta (100%), e detém participação de 35% no Polo Pescada e 45% no campo de Manati, sendo estes operados pela Petrobras.  

Fonte: Revista Brasil Energia