São PAULO – As ações judiciais que interromperam as negociações de aquisição da Quattor pela Braskem poderão ser revogadas a partir de uma mesa de negociações. A afirmação é do vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, Marcelo Lyra, durante a apresentação da usina de reciclagem que a petroquímica montou no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Segundo Lyra, a unificação das duas empresas fortalecerá o setor petroquímico brasileiro, de forma a fazer frente à concorrência internacional no mercado externo e interno. A união da Braskem com a Quattor aumentará a competitividade da indústria petroquímica brasileira, afirmou.

Além disso, de acordo com Lyra, o negócio é estratégico para a Petrobras, pois prepara o setor para processar a nova oferta de matéria prima que deverá surgir com a exploração e o refino de petróleo do pré-sal. A petrobras possui 30% da Braskem e 40% da Quattor.

O executivo da Braskem declarou que a empresa está trabalhando com 93% de sua capacidade produtiva. O possível gargalo provocado pelo aumento da demanda, no entanto, seria resolvido com a aquisição da Quattor e com o início da produção de biopolietileno – o chamado plástico verde, originado do etanol.

As conversações entre as petroquímicas foram inicialmente negadas pelas empresas, mas ganharam novos contornos com uma liminar expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na terça-feira passada, que suspendeu qualquer negociação para uma eventual fusão. A ação foi movida por Joanita Soares de Sampaio Geyer, sócia do Grupo Vila Velha, que controla a Unipar, acionista da Quattor, junto com a Petrobras.

Sustentabilidade

Dando continuidade à ação iniciada em 2008, a Braskem produziu os troféus do GP Brasil da Fórmula 1. No ano passado, eles foram compostos de plástico verde. Nesta edição, com plástico reciclado durante o evento.

De acordo com a empresa, isso mostra o compromisso da Braskem e de seus parceiros com o desenvolvimento sustentável e também com a busca do engajamento da sociedade na destinação correta dos resíduos plásticos.

O projeto foi desenvolvido em parceira com a Romi, fabricante de maquinários industriais, e a Fortymil, distribuidor de resinas e reciclador de plástico, além do Instituto Socioambiental do Plástico (Plastivida) e da Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro (Coopercaps), especializada em coleta de materiais recicláveis.