Faltam engenheiros e técnicos para tocarem as obras de transportes, logística, construção civil, energia, petróleo e gás no Brasil. Há carência em atividades que vão desde a elaboração de projetos de engenharia à execução de programas mais sofisticados de inovação tecnológica nos mais diversos processos de produção.
É nessas áreas em que há mais necessidade de mão de obra especializada. Para enfrentar o gargalo, a presidente Dilma Rousseff tem tomado medidas pontuais. Por exemplo, no fim de 2012 assinou um acordo com a Espanha abrindo caminho para que jovens daquele país venham trabalhar no Brasil. Há negociações do gênero com outros países, como Portugal e EUA.
Outra medida foi uma resolução do Ministério do Trabalho que permite a concessão de visto temporário ao estrangeiro que vier trabalhar exclusivamente na preparação, na organização, no planejamento e na execução da Copa das Confederações deste ano, da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016. A medida, aprovada pelo Conselho Nacional de Imigração, elimina documentos do processo de
requerimento, como comprovação de escolaridade e experiência. A única exigência passa a ser um termo em que as entidades que solicitarem o visto asseguram a vinculação do trabalhador aos eventos. Os pedidos serão analisados e decididos em até cinco dias.
O problema central, porém, é a legislação do trabalho, editada há mais de 30 anos. Técnicos explicam que o assunto deve ser tratado com cautela. Qualquer que seja a mudança, é preciso ter certeza de que estrangeiros não tomarão os postos dos brasileiros.