A redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), de 25% para 7%, para indústrias náuticas, concedida recentemente pelo Governo do Estado de São Paulo, promete dar fôlego novo à indústria das embarcações de passeio, que movimenta milhões de reais e gera centenas de empregos nas marinas e clubes náuticos espalhados pelo litoral paulista.
Infelizmente, Santos não sentirá imediatamente os benefícios desse incentivo fiscal. Isso porque, diferentemente de São Vicente e Guarujá, Santos, apesar de possuir natureza privilegiada e condições ideais para a implantação de um projeto de grande porte, não conta ainda com uma marina. Desde a década de 70, esta é uma bandeira levantada em nossa Cidade, mas que ainda não alcançou seu objetivo. Agora, com a redução da alíquota, espera-se que seja iniciado o Porto Valongo Santos, projeto que transformará 55 mil m² de área desativada do cais, entre os armazéns 1 e 8, em uma marina pública, um complexo turístico, náutico, cultural e empresarial que contará com 770 vagas para embarcações.
Em média, cada barco atracado em um porto de recreio gera de três a quatro empregos diretos, já que manter uma embarcação, além de implicar em altos custos, obriga a contratação de profissionais qualificados de diversas áreas. Isso significa dizer que a implementação de uma marina em Santos causaria uma transformação no perfil turístico da Cidade criando milhares de empregos, além de gerar um enorme avanço social e econômico beneficiando inúmeros setores como o comércio, a hotelaria e também o empresariado do ramo da gastronomia.
Importantes regiões turísticas, como Barcelona e Mônaco, exploram, especialmente, o turismo náutico. Marinas são sinônimo de beleza e de luxo, o que faz com que muitos não percebam seu grande potencial. Mas, ser uma cidade de turismo náutico significa muito: é ter a possibilidade de se transformar num lugar melhor e mais bonito, trazendo para o município uma grande infraestrutura, significativa arrecadação de impostos e, o mais importante, gerando milhares de empregos.
Como vereador, presidente da Câmara Municipal de Santos, faço parte da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que trata sobre a implantação da marina em Santos, e entendo que o potencial da Cidade para tal atividade é latente e precisa ser explorado, já que temos todas as condições para tornar a Baixada Santista um pólo de turismo náutico.