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Clippings - 22/03/11

Incertezas sobre mercado japonês abala capesizes

O Mercado de unidades capesizes reagiu à crise no Japão com um recuo de índices que abafou os modestos ganhos do final do mês. Nos cinco dias que seguiram o terremoto e o tsunami no Japão, a marca dos índices do transporte de minério de ferro de Tubarão, no Brasil, a Qingdao, na China, foi cotado pelos shipbrokers em US$ 18,50 por tonelada no fechamento asiático de sexta-feira. Na semana passada esse valor havia fechado em US$ 20. Já a costa oeste da Austrália para a China fechou a sexta-feira um pouco abaixo dos US$ 7,80 da semana anterior, contabilizando US$ 7,35.

Depois dos atrasos e fechamentos provocados pelas inundações da costa leste da Austrália, os índices do mercado de capesize se recuperaram muito levemente neste último mês. Preços mais altos de bunker, que são tirados dos cálculos de preço por tonelada, também deram a impressão de um aumento nos índices, inflando o sentimento dos proprietários, apesar de o aumento ser um ganho de papeis somente, não reflete os índices básicos de charter.

O terremoto somado ao tsunami e a crise nuclear agitaram o mercado de embarcações capesize novamente. Enquanto os índices caíam, o mercado esperava para medir exatamente a extensão dos danos. Isso incluiu suspender parte da produção do minério de ferro e limitar a capacidade de absorver mais carvão térmico nas estações elétricas a carvão em todo o país.

Agora duas incertezas podem impedir a rápida recuperação do Japão: como o medo de uma contaminação nuclear afetará o tráfego de navios e o quão rápido o governo pode restaurar a capacidade elétrica total dos centros industriais que, por enquanto, continuam sendo atingidos por cortes parciais de energia.

O medo da exposição das tripulações à radiação, seguindo o mesmo caminho das fusões na usina de Daiichi, fez com que a usina de Fukushima induzizesse as companhias marítimas a ficarem mais preocupadas com relação à entrada nos portos na costa leste de Honshu, principal ilha japonesa e epicentro do terremoto.

O estaleiro baseado em Beijing afirmou que dois proprietários se recusaram a permitir capesizes a entrar nos portos do Japão durante as negociações com os charteres nessa semana: Há uma relutância definida, e a observamos em outros classes de embarcações também, afirmou. E completa: O que esperamos para essa semana é ver alguns contratos de curtos perãodos nos quais os proprietários se recusam a entrar em alguns pontos japoneses.