Taxas chegaram a US$ 1.467 e tendência é de aumento.
O índice para cargas secas elaborado pela Baltic Exchange aumentou e enfrenta a sétima semana seguida de alta, alçando US$ 1.467. A maior parte dessa alta foi estimulada pela alta flutuação do mercado de capesize, que acontece concomitantemente ao aumento da demanda chinesa pelo minério de ferro brasileiro e à pouca quantidade de navios na Europa e na América do Sul que aumentaram suas taxas.
Ontem, em comparação com o dia anterior, as taxas spot de charter para a média de tempo do uso de capesizes teve um adicional de US$ 391, chegando a US$ 9.983 por dia. Boa parte do minério de ferro transportado na rota do Brasil para a China saiu de US$ 19,37 para US$ 12,52 por dia.
Responsáveis por contribuir para o aumento do BDI, os navios capesize têm se beneficiado do pouco peso que chega ao Atlântico nas últimas semanas, já que os preços do combustível estão muito caros e as taxas na Europa e na América do Sul estão muito fracas. Ainda assim, as taxas para capesize se flexibilizaram em US$ 10 mil por dia para um charter de quatro a seis meses.
Foi com base nesse valor que o Anangel Merchant, capesize de 179.719 dwt, foi afretado pelo armador Oldendorff por US$ 10.250 por dia, por quatro a seis meses de trading, com opções de entrega em todo o mundo. Já os Panamaxes também viram as taxas subirem, sendo que a taxa da média de tempo de charter aumentou US$ 291 ontem, chegando a US$ 14.989 por dia.
Um broker londrino afirmou que as taxas dos panamaxes estão se firmando no Atlântico, já que não há excesso de toneladas, particularmente no noroeste da Europa, onde um bom número de embarcações prontas já foram agendadas.
Apesar dos investimentos no mercado de afretamento, os valores de segunda mão no segmento de carga seca ainda não registrou resultados positivos.
Os capesize e panamaxes de cinco anos estão cotados em US$ 44,3 milhões (menos de US$ 300.000 na semana) e US$ 31,5 milhões (baixa de US$ 250.000 na semana), respectivamente.