Em consonância com as práticas conhecidas pela sigla ESG (Environmental, Social and Governance), os empreendimentos imobiliários por todo o mundo têm buscado adotar as medidas definidas no Pacto Global da ONU em 2004, inclusive se espelhando nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável relacionados às políticas e ações endereçadas à prosperidade social, ambiental e econômica dos povos até 2030.
Muito embora os custos dos empreendimentos imobiliários alinhados com as práticas ESG sejam mais altos, os benefícios compensam, como a reputação do incorporador com as práticas “verdes e sustentáveis”, assim como a possibilidade de redução significativa dos custos operacionais do empreendimento, vide a melhor eficiência energética, com baixo consumo de energia e redução expressiva das suas emissões de carbono. Igualmente, as edificações que adotam as diretrizes de ESG têm a sustentabilidade ambiental como um ponto relevante, já que nesses empreendimentos haveria uma gestão mais eficaz dos resíduos, ocorrendo a reciclagem e reutilização dos serviços.
Em relação às condutas de governança, as empresas ligadas à indústria imobiliária podem estabelecer rotinas transparentes de operação, de forma que haja a gestão responsável de todos os recursos, evidenciando a prestação transparente das contas. Outrossim, proporcionar ambientes mais inclusivos, com a criação de espaços comunitários nas edificações, como também viabilizar maior acessibilidade para as pessoas portadoras de deficiência são requisitos indispensáveis para os atuais empreendimentos imobiliários.
Desse modo, essas iniciativas pautadas no ESG aumentam a eficiência ambiental das edificações e promovem a responsabilidade social junto à sociedade, sinalizando o fortalecimento das conexões sociais entre as comunidades, assim como as políticas endereçadas à proteção ambiental, sendo certo que, atualmente, há crescente procura da sociedade por empreendimentos que valorizem as práticas de ESG, tanto na sua construção quanto na operação diária das edificações.