RIO DE JANEIRO – O setor de infraestrutura liderou os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2011, até o mês de setembro, com R$ 38 bilhões, montante equivalente a 41% do total liberado pelo banco de fomento no perãodo. Destacaram-se o transporte rodoviário, com R$ 19,7 bilhões; energia elétrica, com R$ 9,7 bilhões; e o transporte ferroviário, com R$ 1,1 bilhão.
O segmento de infraestrutura inclui projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A indústria ficou com R$ 28,4 bilhões, o correspondente a 31% do total desembolsado, seguida por comércio e serviços, com R$ 17,9 bilhões, e agropecuária, com R$ 7,2 bilhões.
O BNDES informou ainda ter liberado um volume recorde de recursos para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no perãodo. O montante atingiu R$ 36,2 bilhões, que representam alta de 8% em relação ao mesmo perãodo de 2010. Com o resultado, o volume liberado para as MPEs correspondeu a 39,5% dos financiamentos concedidos pelo banco no ano. Foram cerca de 600 mil operações com as micro, pequenas e médias empresas, o equivalente a 94% das operações registradas.
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, disse que o banco deverá fechar 2011 com desembolsos entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões, volume no entanto, inferior ao que ele havia previsto no início de 2011. É um pouco cedo ainda para avaliar, já que há uma concentração natural de desembolsos no final do ano. O importante é que fizemos isso sem comprometer os recursos para investimentos, que têm sido compensados pelo mercado de capitais. O nosso desempenho não será medido pelo crescimento dos desembolsos, mas pela nossa capacidade de calibrar com o mercado de capitais sem prejudicar o investimento, afirmou Coutinho.
Sobre a carteira da BNDESpar, Coutinho disse que o banco não vai perder com o mau momento da bolsa porque deixará de realizar a venda de papéis esperando um momento mais favorável. Segundo ele, tendo em vista a composição da carteira, os rendimentos de dividendos terão bom resultado no terceiro trimestre. Coutinho, no entanto, não quis antecipar detalhes.