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Clippings - 09/11/09

Infraestrutura no foco das ações

As empresas relacionadas ao setor de infraestrutura entraram no foco da maioria dos investidores muito recentemente, em decorrência de eventos como o pré-sal, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, que exigirão gastos elevados em diversas áreas. Para alguns investidores e gestores de recursos, no entanto, empresas desse setor já estão no alvo há tempos. Até pelos gargalos de infraestrutura do País – em transporte, energia, saneamento, telecomunicações, entre outros – não é tão difícil imaginar que esse segmento pode ser uma boa aposta para os próximos anos. Pela estimativa da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o País precisa de R$ 160,9 bilhões por ano em investimentos nos próximos cinco anos.

O estudo indica que o Brasil deveria investir anualmente R$ 28,3 bilhões em energia elétrica, R$ 75,3 bilhões em petróleo e gás natural, R$ 24,1 bilhões em transporte e logística, R$ 13,5 bilhões em saneamento básico e R$ 19,7 bilhões em telecomunicações.

Temos carência de recursos em vários setores. Com o País crescendo a 4%, 5% ao ano, teremos problemas se esses investimentos não forem feitos, diz o superintendente da Bradesco Asset Management, Herculano Alves.

Atento a esse potencial, o banco lançou, ainda em 2006, um fundo de investimento em infraestrutura, cuja aplicação mínima é de R$ 500 e a taxa de administração, de 4%. Com os eventos mais recentes, a procura aumentou, diz Alves.

Os principais setores nos quais o fundo investe são construção civil, energia elétrica, logística e telecomunicações. No ano passado, o fundo caiu menos do que o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa. Este ano, segundo dados do site Fortuna (www fortuna.com.br), a aplicação acumula rentabilidade de 56,87% até o dia 29 de outubro, contra 69,69% do Ibovespa no mesmo perãodo.

A longo prazo – Ainda são poucos os fundos de investimento com foco em infraestrutura. Mas, apesar da perspectiva positiva para esse tipo de fundo, os analistas aconselham que o investidor somente aporte recursos pensando no longuíssimo prazo.

São projetos que demoram a maturar. Nada que é referente à infraestrutura fica pronto em um mês, diz o consultor financeiro Mauro Calil. Outra recomendação é que o investidor só aplique no fundo como forma de diversificação, quando já possui outros tipos de investimento. Numa emergência, o investidor terá de onde sacar os recursos, conclui Calil.