O crescimento do intercâmbio comercial entre a Ásia e a América do Sul, em 2011, vai impulsionar o mercado brasileiro de transporte de cargas expressas. A avaliação é do presidente da DHL Express para as Américas, Stephen Fenwick. De acordo com o executivo, que estreou no cargo em janeiro, as importações de países sul-americanos de produtos provenientes da Ásia deverá registrar expansão acima de 20% em 2011. Além do intercâmbio entre Ásia e América do Sul, para nós, é muito relevante o comércio dentro da própria América Latina, mas esse movimento poderia ser bem mais forte do que é, afirma Fenwick. O aumento do intercâmbio comercial entre países sul-americanos e asiáticos vai contribuir para o crescimento de pelo menos 30% nas importações de remessas expressas do Brasil em 2011. A estimativa é da diretora de marketing a DHL Express no Brasil, Juliana Vasconcelos. Ano passado, diz ela, a expansão desse serviço foi de 33%, em relação a 2009.
Entre alguns dos principais produtos que serão importados da Ásia, Fenwick cita produtos manufaturados como eletroeletrônicos, telefones celulares e medicamentos. A DHL vai investir neste ano na renovação de toda a sua frota terrestre, composta atualmente por 330 veículos, mas o valor não foi divulgado. A DHL, no Brasil, não tem frota própria de aviões. A empresa usa os compartimentos de carga de aviões de outras empresas que operam voos regulares de passageiros. Como parte do objetivo de ampliar sua operação no mercado brasileiro, a DHL Express lançou, no início de fevereiro, um serviço de remessas expressas internacionais em Manaus. O novo produto foi batizado como carga aérea expressa. Uma parceria com o Banco do Brasil (BB) permite que o clientes da DHL que são correntistas do BB podem ter desconto de até 70% no envio de remessas ao exterior, por meio de uma ferramenta eletrônica conhecida como Brasil web trade. O produto para importação tem registrado resultados muito positivos. A gente acredita que pelas condições do câmbio o cenário vai estar muito mais favorável para as importações do que para as exportações, em 2011, afirma Juliana. A DHL Express é controlada pelo grupo alemão Deutsche Post DHL, que no ano passado registrou crescimento de 11,4% no seu faturamento, ou € 51,4 bilhões. O lucro líquido consolidado da DHL foi de € 2,5 bilhões em 2010, ou um crescimento de quase 50% em relação a 2009. Os resultados de 2010 foram muito bons. Nossa expectativa para 2011 é de manter esse patamar de crescimento, afirma Fenwick. Segundo ele, o crescimento das vendas no mercado sul-americano deverá ficar em um forte dígito neste ano. Nos Estados Unidos e no México, o executivo prevê crescimento de dois dígitos, resultado que vem sendo observado nesses dois últimos dois anos.