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Clippings - 18/06/09

Intermodal retoma as operações

O Criciúma Terminal Intermodal (CTI), a primeira plataforma logística do Sul do estado, voltou a ter operações de transporte nessa semana. Na terça-feira, saíram do CTI, cargas de revestimentos cerâmicos e de arroz, tendo como destino o Porto de Imbituba. O transporte de contêineres do CTI voltou a ser possível com as melhorias no Porto de Imbituba, que somam R$ 283 milhões (expansão e aquisição de equipamentos) e o início das operações do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Imbituba e da navegação de cabotagem – que aumentará as possibilidades de cargas transportadas pela Ferrovia Tereza Cristina (FTC) como frigorificada e molduras.

A plataforma logística foi inaugurada em fevereiro de 2006 e gerou muitas expectativas sobre a melhoria do escoamento da produção, especialmente após ter sido autorizado a operar como Unidade Redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação), oferecendo às empresas o transporte rodoviário e ferroviário dos produtos até o Porto de Imbituba. No entanto, com a suspensão da linha para a Costa do Golfo pelo porto, em agosto de 2007, a FTC decidiu suspender as atividades do CTI, até que o Tecon começasse a funcionar. Para a retomada do transporte de contêineres, houve um investimento na frota de vagões da Tereza Cristina.

O terminal intermodal oferece serviços de recepção de carga, armazenagem, separação de lotes, estufagem de contêineres, peação de carga, controle de estoque e monitoramento 24 horas. O CTI possui 1,5 mil metros quadrados de área coberta e pode armazenar 40 contêineres de 20 pés. Em caso de um aumento na demanda pelo serviço, a ferrovia deve adequar o terminal.

Um dos setores beneficiados com o retorno das atividades de transporte do terminal é o cerâmico. Segundo Otmar Müller, presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica de Criciúma e Região (Sindiceram), para as cerâmicas, a volta do transporte é interessante, já que decorre da ativação do Tecon e o início da navegação de cabotagem, que poderá levar as cargas para o Norte e Nordeste brasileiro. Apesar das empresas estarem exportando menos – devido à valorização do real e da retração do consumo no mercado americano – Müller afirma que o CTI ajudará em uma redução do custo do transporte dos produtos, facilita o acompanhamento da carga, pela proximidade com as empresas, assim como o transporte ferroviário colabora para desafogar as rodovias, e evitar transtornos decorrentes de obras como a duplicação da BR-101.