Os últimos governos – especialmente Lula – têm dado apoio à contratação de barcos de apoio brasileiros. Vigora um sistema em que a Petrobras faz contratos de longo prazo com armadores brasileiros – sejam de capital nacional ou estrangeiro – e os vencedores da licitação encomendam navios a estaleiros brasileiros. Com isso, dos 500 barcos que operam no Brasil, praticamente a metade é brasileira e igual parcela estrangeira.

No entanto, nos últimos tempos, tem ocorrido uma distorção. Com dólar barato, os barcos estrangeiros têm avançado sobre os brasileiros. A Petrobras paga cerca de US$ 20 mil diários a barcos nacionais e, como lá fora mal se consegue US$ 13 mil diários, os estrangeiros têm oferecido sua frota no Brasil, em prejuízo dos nacionais.

Ocorre que o famoso Custo Brasil tem sido um limitador. Ao entrarem no Brasil, os estrangeiros têm de usar marítimos brasileiros e pagar certos ônus, como PIS/Cofins, o que reduz sensivelmente seus lucros. Ainda bem, pois, do contrário, a Petrobras poderia ser tentada a adiar os contratos do mercado interno e se basear nos estrangeiros – que podem deixar o país na hora em que o mercado lá fora melhorar.