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Clippings - 01/02/13

Invepar se prepara para disputar ativos no setor portuário

Enquanto prepara a estratégia para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mantida para se concretizar ainda neste ano, a Invepar já definiu que 100% dos recursos obtidos serão destinados a novos projetos.

O plano é dar fôlego à expansão da empresa, que pretende concentrar esforços ao longo deste ano em estudos sobre os vários projetos a serem licitados pelo governo.

São oportunidades que podem levar a companhia a diversificar sua atuação – hoje concentrada em rodovias, mobilidade urbana e aeroporto.

Está nos planos da empresa passar a atuar em terminais portuários, setor que foi alvo de um pacote de estímulo e concessões por parte do governo federal.

É um setor que estamos acompanhando, vendo como vão ficar os projetos para montar nossa estratégia, disse o presidente da Invepar, Gustavo Rocha, em entrevista ao Valor PRO – serviço de informação em tempo real do Valor. Segundo Rocha, empreendimentos que tenham uma operação agregada às rodovias que estejam na carteira da companhia fazem mais sentido, embora todos recebam atenção da empresa.

Qualquer projeto de porto nós temos interesse, desde que sejam rentáveis e atrativos, afirmou. Além de terminais portuários, a companhia está à espera de mais detalhes sobre as novas concessões de ferrovias. Não é nosso alvo estratégico hoje, mas tem um programa enorme vindo a mercado e vamos analisar com calma pra ver se vai ser um foco de atuação ou não, disse.

Ferrovias não é nosso alvo estratégico hoje, mas há um plano enorme lançado que vamos analisar, diz presidente O Planalto anunciou um plano de concessão de 12 trechos a partir deste ano.

A intenção é atrair R$ 91 bilhões de investimentos, sendo R$ 56 bilhões em cinco anos. Os primeiros editais estão marcados para março e os leilões para abril.

A Invepar ainda irá analisar estradas que serão leiloadas neste ano. São nove projetos grandes, demandam muito tempo e muito estudo. Faz mais sentido focar em alguns lotes que temos mais sinergia, que crie mais valor para a gente. Estamos fazendo a sondagem inicial para definir a estratégia, disse.

Os nove lotes rodoviários a serem concedidos neste ano preveem investimentos de R$ 42 bilhões ao longo da duração dos contratos, sendo R$ 23,5 bilhões nos próximos cinco anos.

Enquanto estuda a captação de novos projetos, a Invepar se prepara para o crescimento orgânico no balanço com a operação de novos ativos – como a Rota do Atlântico, subsidiária que tem a concessão de uma rodovia no Nordeste.

A companhia atua também no Metrô Rio, concessionária do metrô carioca; e na Linha Amarela, de vias na mesma cidade. O presidente espera um crescimento acima do PIB, embora evite dar estimativas justificando o processo de abertura de capital.

A companhia registou R$ 900 milhões de receita líquida e R$ 338 milhões de Ebitda em 2011, últimos dados anuais disponíveis. Ao todo, são dez ativos com participação da Invepar – praticamente todos já têm o capital e o financiamento necessário, segundo o presidente.

Em 2013, os investimentos ficarão em torno de R$ 2 bilhões. Os acionistas da Invepar são o grupo com atuação na construção pesada OAS e três fundos de pensão: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Fundação dos Economiários Federais (Funcef) e Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). Cada um tem cerca de um quarto de participação.