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Clippings - 17/07/09

Investidor aposta R$ 2 bi em novo projeto gaúcho

Estado tem segundo maior volume de propostas para o leilão de energia eólica em novembro

Entre os 86 projetos cadastrados para o Rio Grande do Sul no leilão de energia eólica previsto para 25 de novembro, está um novo parque em Osório, que duplicaria a atual potência de 150 megawatts (MW), e outros 242 MW em Palmares do Sul. Os dois preveem investimento de R$ 2 bilhões.

No total, o Estado foi o segundo em volume ofertado, com 2.894 MW, atrás apenas do Rio Grande do Norte, que apresentou mais de 4 mil MW. Agora sob responsabilidade da Enerfin, as novas instalações previstas para Osório têm investimento estimado em R$ 850 milhões. A Enerfin, que controla a Ventos do Sul, administradora do parque eólico de Osório, é o braço eólico da espanhola Elecnor.

– Vamos trabalhar para viabilizar os dois parques. Queremos trazer esse investimento de R$ 2 bilhões para o Rio Grande do Sul – afirmou Telmo Magadan, presidente da Ventos do Sul.

Magadan explica que a empresa já tem oito megawatts aprovados no Proinfa, programa federal de incentivo a fontes alternativas, em Palmares do Sul. Assim, o total chegaria a 250 MW. Somados aos novos 150 MW de Osório, os 400 MW poderiam abastecer uma cidade de 1,7 milhão de pessoas – pouco maior do que Porto Alegre.

Essa é a primeira etapa do processo, mas Magadan lembra que a capacidade do grupo espanhol transformou o Ventos do Sul em um dos poucos projetos bem-sucedidos no programa federal Proinfa. No modelo atual, os grupos que venderem a geração futura no leilão têm garantia para financiar o projeto.

Regras, como o preço limite para a energia eólica, estão em estudo. O preço dessa geração está em torno de R$ 270 por MWh, quase três vezes maior do que o da geração hidrelétrica. Um dos objetivos do leilão é diversificar as fontes de geração, evitando risco de apagão.

Os 441 projetos apresentad os surpreenderam o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que divulgou ontem os primeiros números do processo. Os 13.341 MW ofertados representam potência pouco menor do que a hidrelétrica de Itaipu.

– Há uma animação grande de empresários brasileiros e estrangeiros – comentou Lobão, admitindo que a demanda deve ser menor do que a oferta.

Referindo-se ao apagão ocorrido entre 2001 e 2002, Lobão afirmou:

– Custou R$ 45 bilhões ao povo brasileiro, estamos tomando providências para que nunca mais se repita. (Com informações Zero Hora)