Abeeólica e governos de Estados enviam carta ao governo para solicitar 60 dias extras para inscrições.
O prazo colocado pelo governo para o cadastramento de empreendimentos nos leilões de energia de reserva e de A-3, que acontecem no primeiro semestre deste ano, tem sido apontado como curto por investidores do setor eólico. O Jornal da Energia apurou que, após ouvir seus associados, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) enviou uma carta ao Ministério de Minas e Energia (MME) na qual pede formalmente o prorrogramento das inscrições por mais 60 dias.
Entre os motivos apontados para o requerimento, estão as mudanças em alguns aspectos ligados à habilitação anunciadas nesta quinta-feira (10/3) e a dificuldade para obter documentos necessários junto a consultorias e companhias de projetistas. Um agente ouvido pela reportagem argumentou que, pelo próprio ritmo de expansão do País, há muita demanda junto a essas empresas, o que atrasa a obtenção dos papéis.
Atendendo a pedidos de empreendedores, governos também estão entrando no coro por mais tempo. O Rio Grande do Sul e a Bahia também vão engrossar os pedidos, enquanto o Ceará marcou uma reunião para o dia 15, na qual vai ouvir os investidores interessados em instalar projetos no Estado e decidir se vai também se posicionar a favor da extensão do prazo.
O perãodo original para cadastramento e habilitação técnica junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vai até 18 de março. No início de fevereiro, o presidente do órgão, Maurício Tolmasquim, afirmou que essa data só seria alterada em caso de um fator de maior gravidade.