Instalado recentemente em um prédio da avenida Paulista, o primeiro escritório do Bank of China na América Latina ajuda a explicar o salto nos investimentos chineses no Brasil neste ano. Apenas entre janeiro e abril, de acordo com os dados mais atualizados, o Banco Central registrou a entrada de US$ 66,1 milhões: 72% a mais de tudo o que a China investiu no Brasil em 2008.
No mês em que se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, posto ocupado pelos Estados Unidos havia décadas, a China também ganhou a 17ª posição entre os maiores investidores, pulando 19 posições no ranking do BC.
Os números do Banco Central, que registram o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, não traduzem completamente o movimento chinês. Eles não captam, por exemplo, o financiamento de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China à Petrobras anunciado em maio, já de olho na exploração de petróleo no pré-sal. O financiamento está combinado à entrada no Brasil da Sinopec, empresa chinesa de petróleo.