São PAULO – A movimentação de contêineres nos portos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina deve chegar à casa dos 3 milhões de unidades em 2020 – no ano passado foram 990 mil, em conjunto. Dentro deste cenário, a projeção é de que até lá, o Porto de Itapoá, que tem operação prevista para meados de 2010, seja responsável por 20% desse movimento.

Estes estados não contam com nenhum terminal portuário com profundidade compatível com o atendimento de navios de grande porte. O Porto de Itapoá, com calado natural de 16 metros, suprirá essa necessidade, analisou José Antônio Balau, diretor de operações da Aliança Navegação e Logística, uma das principais investidoras do projeto do sul do País.

Ele explicou que o Porto de Itapoá foi projetado para receber navios com capacidade de até 9 mil TEUs (cada TEU corresponde a um contêiner de 20 pés). Com isso, a abertura do porto deve incrementar atividades de cabotagem (navegação costeira) da companhia, que recentemente adicionou dois navios de 2,5 mil TEUs à frota, aumentando a capacidade deste transporte.

O projeto dá ainda condições de criar, em conjunto com o traçado ferroviário local (operado pela América Latina Logística -ALL), terminais nas cidades de Joinville e São Francisco do Sul, que proporcionarão uma conexão com a bacia hidroviária da região, em direção ao polo industrial do entorno, de acordo com as informações da Aliança.

O Porto contará ainda com uma retroárea de aproximadamente, 12 milhões de metros quadrados para instalação industrial, com o impacto positivo na região.