Silvio Costa Filho em visita ao Porto do Rio — Foto: Eduardo Oliveira (Divulgação MPor)
Empresa belga trouxe draga de grande porte para intervenções no canal principal do Porto do Rio, com foco na recepção de New Panamax, e participa de serviços no Rio Amazonas
A Jan De Nul (JDN) verifica um momento de oportunidades em dragagens para melhorias de acessos aquaviários a navios de maior porte, além de intervenções para melhorar a navegabilidade e contribuir com o desenvolvimento de hidrovias. A empresa belga trouxe sua draga Willem Van Rubroeck para a dragagem do canal principal do Porto do Rio de Janeiro (RJ). Com conclusão prevista para novembro e investimento de R$ 163 milhões, o serviço faz parte dos planos da autoridade portuária para a recepção dos navios classe New Panamax. Além da operação no Porto do Rio, a Jan de Nul está realizando uma dragagem no Rio Amazonas.
A draga em atividade no Rio de Janeiro é apontada como a maior e mais potente draga de corte e sucção do mundo. O equipamento chegou ao porto, na última quinta-feira (28/08), para iniciar o projeto de dragagem de ampliação da nova geometria do canal. Para a JDN, essa obra é crucial para a infraestrutura portuária, pois permitirá que o porto receba navios porta-contêineres de 366 metros de comprimento e capacidade de 14 mil TEUs, aumentando significativamente sua capacidade de movimentação.
A embarcação recebeu a visita do ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, que cumpriu agenda no Porto do Rio, na última segunda-feira (2). Na avaliação da JDN, a visita da equipe ministerial à draga no Rio de Janeiro e o andamento das obras no Rio Amazonas reforçam o compromisso do governo brasileiro em modernizar sua infraestrutura portuária e fluvial, em diferentes regiões do país.
“A operação da Willem Van Rubroeck no Porto do Rio é um exemplo do que há de mais avançado em tecnologia de dragagem, e temos orgulho de contribuir para o desenvolvimento das infraestruturas portuárias do país”, disse o diretor geral da Jan De Nul do Brasil, Dieter Dupuis. Ele ressaltou que a empresa está comprometida em entregar soluções de dragagem eficientes e sustentáveis em todo o Brasil.
O grupo tem no portfólio dragagens marítimas e fluviais, incluindo projetos em Santos (SP), Suape (PE), Rio Madeira e Rio Amazonas, além de obras de recuperação de praias, como a de Balneário Camboriú (SC). Em dezembro de 2023, a Willem Van Rubroeck atuou no canal externo de Suape, onde removeu mais de um milhão de metros cúbicos de material.
No Amazonas, o projeto está sendo conduzido pela draga Galileo Galilei, do tipo Hopper, uma das mais modernas de sua categoria, com uma capacidade de cisterna de 18 mil metros cúbicos (m³). Segundo a JDN, a draga demonstrou sua eficácia em outras operações emergenciais, como as realizadas no porto de Rio Grande (RS), em julho de 2024, e em uma dragagem de manutenção em um terminal privado na Bahia, além do alargamento da praia em Balneário Camboriú.
Fonte: Revista Portos e Navios