Um balanço divulgado pela Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp) mostra que 690 imóveis no Estado foram apreendidos por meio da penhora on-line nos últimos cinco meses. O sistema começou a funcionar em junho e só tem, por ora, a adesão do Tribunal de Justiça. A previsão da Arisp, no entanto, é de que o volume venha a crescer consideravelmente nos próximos anos com a popularização do processo e com a sua utilização em execuções trabalhistas e federais.
De acordo com Flauzilino Araújo dos Santos, presidente da Arisp – entidade que desenvolveu o projeto em parceria com a Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo -, os tribunais regionais do trabalho da 2ª região (São Paulo) e da 15ª região (Campinas) e a Justiça Federal solicitaram adesão ao sistema. Os tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso também pretendem utilizar a penhora on-line.
Como alternativa à falta de dinheiro em conta bancária, os credores acabam optando pela busca de imóveis e veículos em nome do devedor. Com a penhora , o imóvel pode ser levado a leilão. Estão previstas duas tentativas de venda do bem. Hoje, segundo advogados, é raro vender um imóvel apreendido pelo valor de mercado.