Suporte financeiro pode garantir entrega de novas embarcações.
A K Line anunciou planos de auxiliar armadores japoneses que estejam passando por problemas de financiamento, assumindo contratos para novas embarcações destas companhias.
Os detalhes do plano de intervenção da companhia nipônica foram revelados ontem pelo presidente do armador, Kenichi Kuroya, que declarou que algumas das novas construções que atualmente encontram-se com pendências financeiras poderiam se tornar propriedade da K Line, ao invés de operarem sob contrato de afretamento a longo prazo.
De acordo com Kuroya, a decisão de implementar o auxílio foi feita há cerca de dois anos, antes que a crise bancária afetasse o mercado de porta-contêineres e embarcações menores.
Atualmente, a companhia possui 21 porta-contêineres sob encomenda, incluindo cinco de 8 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) de capacidade nominal e três unidades de 6.400 Teus. Mas a meta é incrementar o setor de navios graneleiros mais rápido do que os transportadores de contêiner, pois a frota atual de 74 bulk carriers é considerada pequena demais para suprir o crescimento futuro da demanda.
Os 41 capesizes também encomendados pela transportadora elevariam a frota para 100 unidades até 2012. Considerando o investimento realizado na ampliação de capacidade, a empresa optou por ajudar os armadores para garantir as encomendas ante perder os navios por problemas contratuais entre estaleiros. Ao invés de deixar o armador ir à falência ou lidar com questões jurídicas, preferimos assumir o risco, declarou Kuroya.
Porém, A K Line explicitou que este apoio seria estendido somente a pequenos proprietários de navios com os quais a companhia já mantém contratos de longa data.
O executivo também argumentou que as instituições financeiras estariam mais propensas a oferecer crédito para companhias do porte da K Line do que para aos armadores menores, dada a constante incerteza sobre o futuro do mercado marítimo. O número exato de embarcações a serem adicionadas à companhia através da manobra de auxílio ainda não foi revelado.