A K Line anunciou que o segmento de transporte conteinerizado manteve o armador japonês de volta aos lucros no último trimestre de 2010, revertendo as perdas de um ano atrás. O armador relatou renda líquida de US$ 85 milhões para o perãodo de outubro a dezembro, em comparação à perda líquida de US$ 205 milhões computada no ano anterior.
De acordo com dados fornecidos pela companhia, dos US$ 119,6 milhões da receita operacional do grupo, cerca de US$ 70,1 milhões correspondem ao transporte em contêineres. Segundo o CEO da K Line, Kenichi Kuroya, a empresa identificou uma redução de 8% no volume de cargas operadas entre a Ásia e América do Norte, à medida que o armador reduziu a capacidade nos trades.
No segmento de porta-contêineres, a movimentação de cargas, especialmente as de saída da Ásia, manteve-se firme, afirmou Kuroya. O mercado de frete mostrou tendências de ligeira redução, em parte devido a fatores sazonais, mas manteve-se em linha com as expectativas.
Segundo o executivo, neste trimestre a K Line prevê outra redução no escoamento de cargas por conta do fechamento das fábricas com o Ano Novo Lunar na China, além da incerteza econômica causada pela instabilidade financeira na Europa e Estados Unidos. Devido a esses fatores, a companhia manterá a política de redução de velocidade e maior controle sobre a capacidade disponível.
Kuroya prevê que o mercado de granéis sólidos deve passar por uma recuperação gradual a ser iniciada em fevereiro e que o setor de automóveis da empresa continue apresentando uma recuperação modesta. O mercado de navios de médio e pequeno porte provavelmente passará por uma recuperação moderada como resultado de longas distâncias de transporte do carvão importado por compradores asiáticos, devido à mudança de fornecedores australianos para os EUA e outras fontes, bem como a movimentação de soja e carvão para a China e Índia, concluiu Kuroya.