A área foi adquirida com oferta de excedente em óleo para a União de 14,10% e bônus de assinatura de R$ 33,73 milhões

A empresa Karoon venceu a disputa pelo bloco Esmeralda, na Bacia de Santos, pagando o bônus de assinatura de R$ 33,73 milhões e parcela de óleo para a União de 14,10%. O excedente de óleo mínimo para a União definido previamente era de 10,54%. Esse foi o primeiro bloco oferecido nesta quarta-feira (22), durante o 3º Ciclo de Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), realizado pela agência reguladora ANP.
A estimativa do Ministério de Minas e Energia é de arrecadação de R$ 160 milhões de bônus de assinatura na concorrência de hoje, geração de investimento de R$ 437 bilhões e R$ 365 bilhões em arrecadações futuras, até o fim do ciclo da contratação.
No leilão, estão em oferta os blocos, localizados no polígono do pré-sal: Esmeralda e Ametista, na Bacia de Santos; e Citrino, Itaimbezinho, Ônix, Larimar e Jaspe, na Bacia de Campos.
Quinze empresas estão aptas a participar do 3º Ciclo da OPP e podem apresentar ofertas, das quais três são brasileira – 3R, BP, Chevron, CNOOC, Ecopetrol, Equinor, Karoon, Petrogal, Petrobras, Petronas, PRIO, Qatarenergy, Shell, Sinopec e TotalEnergies.
“Esse regime de oferta permanente permite às empresas nomear blocos e ter rodadas sempre que tenhamos blocos disponíveis. Isso gera dinâmica para o setor. A contratação é o primeiro passo para a recomposição, manutenção e acréscimo de reservas”, afirmou o diretor-geral da ANP, Artur Watt.
Em seu discurso de abertura do leilão, ele enfatizou que a transição energética que funciona é feita pelo lado da demanda. Segundo Watt, o Brasil é um dos líderes da transição, pois tem uma das matrizes mais limpas do mundo. “A gente não pode nunca pensar em restringir voluntariamente a oferta como país, porque essa oferta seria feita por outros países”, defendeu.
O Ministério de Minas Energia espera ofertar 18 novos blocos no próximo leilão de oferta permanente, segundo o secretário executivo de Petróleo e Gás do MME, Renato Dutra.
Fonte: Revista Brasil Energia