Armador aumenta em 67% capacidade ofertada e firma parceria com a Aliança.
A Log-In anunciou ontem, dia 20, o afretamento de dois navios porta-contêineres que serão empregados no serviço Atlântico Sul, ligando os portos do Brasil, Argentina e Uruguai. Com as incorporações à frota, o armador obterá um ganho de espaço de 67% no serviço e de quase 30% na capacidade total.
O HS Smetana, com capacidade para transportar 1.740 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), já está em operação e substituiu o Log-In Santos, de 1.254 Teus. Já o RR Europa, cuja oferta é para 2.452 Teus, entrará no lugar do Log-In Rio, também com capacidade para 1.254 Teus, a partir de outubro.
Segundo o presidente da Log-In, Mauro Dias, duas razões justificaram o investimento: os baixos preços de embarcações no mercado internacional por conta da alta oferta e a possibilidade de fretar navios, conferida ao armador em razão de seu programa de construção naval. A empresa está investindo em cinco novos porta-contêineres com capacidade nominal para 2.700 Teus.
Aproveitamos essa oportunidade para trazer navios mais novos e maiores, afirmou Dias. O HS Smetana foi construído em 2006 e o RR Europa, em 2002.
Ao contrário do Santos e do Rio, que são navios multipropósito, as novas embarcações são full contêiner. O Log-In Santos ficará fora de operação cerca de quatro meses para reparos. Segundo Dias, a empresa está avaliando alternativas para reempregar as embarcações.
Também ontem, a Log-In anunciou um contrato de parceria com a Aliança Navegação e Logística na operação com origem ou destino em Manaus. Pelo negócio, a Log-In poderá transportar com o armador na rota entre Santos, Manaus, Salvador, Suape e Fortaleza. Hoje, a Log-In já conta com um serviço dedicado com escala nesses portos, o Amazonas, mas a frequência não é semanal – as escalas são realizadas a cada 10 dias.
O acordo é válido até março de 2011 e permitirá à Log-In oferecer serviço porta-a-porta, com início a partir do próximo mês. Conforme Dias, o acordo tem por objetivo aumentar a participação da cabotagem na movimentação de cargas, basicamente atraindo mercadoria da rodovia.
Apesar de registrar crescimento de 350% nos últimos cinco anos na movimentação de Teus, chegando a 630 mil unidades em 2008, o setor brasileiro de cabotagem ainda tem uma participação pequena na matriz de transporte. Dentre as cargas que estão na área de influência do modal (num raio de 200 quilômetros de um porto), apenas 18% são transportadas por cabotagem. O restante é movimentado por caminhão.