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Clippings - 17/11/25

Log-In espera crescimento de 5% a 6% na cabotagem em 2026

No 3º trimestre, empresa de navegação e logística integrada registrou receita de R$ 794 milhões, crescimento de 12%

A Log-In Logística Integrada projeta para 2026 um crescimento de suas atividades de cabotagem em torno de 5 a 6%. No 3º trimestre, a área de navegação costeira da companhia totalizou R$ 533,4 milhões de receita operacional líquida (ROL), alta de 19,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento atingiu recorde histórico de volume na cabotagem, com 71.600 TEUs, o que representa um crescimento superior a 37% em comparação ao período de julho a setembro de 2024. Em contrapartida, o volume do Feeder reduziu 12,7%, dado o encerramento do Serviço Shuttle Navegantes (SSN), em abril de 2025. Tal queda de volume foi parcialmente compensada pela crescente demanda de Feeder com origem e destino em Manaus (AM).

O Ebitda ajustado da navegação foi de R$ 105 milhões, sustentado pelo melhor aproveitamento da frota, pela reorganização das rotas no eixo Norte-Sul e pela regularidade operacional das linhas do Mercosul. A empresa acredita que a maior ocupação dos navios e a eficiência na gestão de viagens contribuíram para o aumento de produtividade e para a ampliação das margens operacionais.

O vice-presidente de navegação da Log-In, Marcus Voloch, explicou que o crescimento acima de 10% surpreendeu positivamente, apesar do último ano não ter sido de resultados tão expressivos. “Penso que esse crescimento forte é porque o ano passado foi um pouco fraco. Então, preferimos ser mais conservadores: 5% a 6% para 2026 é um número que consideramos factível, dado o endividamento da população e um certo arrefecimento da economia interna”, comentou durante teleconferência com analistas sobre os resultados da empresa.

“Se por um lado a economia está mais fraca, por outro lado, sempre que as empresas precisam, a logística é sempre uma área muito rápida para cortar custos. E a cabotagem acaba vindo como uma forma natural de economia. Mesmo que a economia vá mal, esperamos esse crescimento”, acrescentou o VP de navegação do grupo. Voloch, destacou que os resultados do trimestre demonstram a força do modelo de operação da companhia, que alia volume, eficiência e confiabilidade. “Mantivemos alta utilização da frota, cumprimos as rotas com regularidade e seguimos comprometidos com a expansão sustentável do transporte marítimo nacional e regional”, afirmou.

A Log-In Logística Integrada encerrou o 3º trimestre com receita operacional líquida de R$ 794,4 milhões, crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado atingiu R$ 155,2 milhões, com margem de 19,5%, enquanto o lucro líquido somou R$ 19,4 milhões, representando o 4º trimestre consecutivo de resultado positivo. De acordo com a empresa, o desempenho reflete a evolução consistente dos principais segmentos do grupo, com destaque para a navegação costeira, que alcançou recorde de volume, e para o Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), que manteve o avanço em produtividade após o retrofit concluído em 2024.

O Terminal Portuário de Vila Velha (TVV) registrou R$ 95 milhões de ROL, com baixa de 1,2% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 39 milhões. O terminal apresentou ganho de 33,5% em produtividade frente ao 3º trimestre do ano passado, o que a Log-In atribui ao reflexo da consolidação das melhorias implementadas com o retrofit concluído no último ano.

O diretor de terminais da Log-In, Gustavo Paixão, avalia que a operação do terminal atingiu novo patamar de desempenho. “Os ganhos de eficiência registrados nos últimos trimestres comprovam a robustez do projeto de modernização. O TVV está operando com níveis elevados de produtividade, oferecendo mais agilidade e previsibilidade às cadeias logísticas que dependem do terminal”, analisou.

As áreas de transporte rodoviário de cargas, operada pela subsidiária Tecmar Transporte & Logística, e de soluções integradas também apresentaram progresso no processo de integração com as demais operações do grupo. O diretor executivo da Tecmar, Maurício Alvarenga, disse que a unidade atravessa uma fase de ajustes estratégicos importantes. “Estamos aprimorando processos, otimizando rotas e ampliando a integração entre o transporte rodoviário e a cabotagem. Essa reorganização é fundamental para capturar sinergias, reduzir custos e fortalecer a eficiência do negócio no médio prazo”, destacou.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2025, a Log-In atingiu recorde, com ROL de R$ 2,2 bilhões, crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado totalizou R$ 489,5 milhões, avanço de 7,1%, enquanto o lucro alcançou R$ 70,9 milhões. A companhia considera que o desempenho acumulado reflete a continuidade do crescimento dos principais áreas do grupo, sustentado por ganhos de eficiência, regularidade operacional e integração das cadeias logísticas.

O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Log-In, Pascoal Gomes, afirmou que o trimestre consolida o ritmo sustentável de crescimento e a solidez do modelo de negócios. “A Log-In mantém uma trajetória de expansão com rentabilidade e disciplina financeira, o que tem garantido a consistência dos resultados e a geração de caixa. O trimestre reflete um avanço operacional relevante, com ganhos de eficiência e integração entre as torres, o que reforça a execução bem-sucedida da nossa estratégia de longo prazo”, resumiu o executivo.

Fonte: Revista Brasil Energia