unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 13/08/09

Log-in pretende investir R$ 1,4 bi na cabotagem até 2013, diz Mauro Dias durante seminário

O presidente da Log-in Logística Intermodal, Mauro Oliveira Dias, apresentou hoje (12/08) a palestra O Desenvolvimento do Transporte de Contêineres na Cabotagem Brasileira, durante o 1º Seminário sobre o Desenvolvimento da Cabotagem Brasileira. O evento é realizado pela ANTAQ, em parceria com o Syndarma e o Ministério dos Transportes, nos dias 12 e 13 de agosto, em Brasília.

Mauro Dias revelou que a Log-in pretende gastar R$ 1,4 bilhão até 2013, 69% apenas na aquisição e construção de novos navios. Esses navios têm índice de nacionalização de 65% e foram desenvolvidos especificamente para a cabotagem brasileira.

Segundo o presidente da Log-in, a participação de mercado da cabotagem no setor de transporte de cargas é de 18%, contra 82% do modal rodoviário. Portanto, há bastante espaço para crescer. E de fato, desde 1999, aumentados de 7 para 19 os navios de contêineres na cabotagem, disse.

Até 2011, a capacidade de transporte de contêineres na cabotagem deverá atingir 55,2 mil TEUs, mais que o dobro dos 23,5 mil TEUs registrados em 2007. A partir do ano que vem, receberemos o primeiro navio que encomendamos. Nossa perspectiva é de crescimento acelerado, avaliou Mauro Dias.

De acordo com o executivo, para expandir ainda mais o mercado de cabotagem, é necessário fomentar uma cultura de utilização da intermodalidade, ampliar o volume de clientes, promover a migração de cargas soltas para cargas conteinerizadas e aumentar a eficiência dos outros modais. A cabotagem não existe isoladamente, mas faz parte de uma cadeia, cuja eficiência tem de crescer como um todo.

Dias acredita que a competitividade da cabotagem em relação ao transporte rodoviário aumentará ainda mais com as crescentes exigências de controle da emissão de resíduos poluentes. O setor de transportes é o principal responsável pelas emissões de dióxido de carbono, com 38% do total. O modal rodoviário é responsável por 88% das emissões do setor de transporte, contra 4% do aquaviário. As vantagens são evidentes, avaliou o presidente da Log-in.

O modelo de negócios da Log-in é baseado no sistema porta-a-porta e, para ser competitivo, depende de uma integração maior entre os modais, com redução de custo em cada um deles. A movimentação de carga da cabotagem no porto é a única que é elástica ao preço. Se ele estiver alto, o dono da carga poderá optar pelo caminhão. Por isso, preço é vital para o setor, afirmou Dias, cuja empresa ampliou o volume de transporte intermodal na cabotagem de 43% do total em 2007, para 65%, em 2009.

Dias finalizou sua apresentação indicando soluções para superar os obstáculos ao desenvolvimento da cabotagem nacional. Precisamos de novos terminais focados no atendimento à cabotagem, com área separada da movimentação de mercadorias do longo curso, redução de impostos sobre peças importadas sem substituto nacional e outras medidas que diminuam custos e aumentem nossa eficiência e competitividade, concluiu o empresário.