Rio – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral participaram, nesta terça-feira, no Porto do Rio, da cerimônia de lançamento do projeto Porto Maravilha que prevê obras de revitalização da Zona Portuária do Rio e bairros adjacentes. Na primeira fase serão investidos, em conjunto pelas três esferas de poder e a iniciativa privada, recursos no valor de R$ 374 milhões.

Além da reurbanização da Praça Mauá e do píer, o projeto prevê a construção de uma via para ligar a Avenida Brasil ao porto com o objetivo de desafogar o trânsito da via, na altura do Caju, onde é grande a concentração de caminhões de grande porte. A primeira parte do Porto Maravilha deverá ser executada nos próximos dois anos.

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Lula, Cabral e Paes participam da solenidade de lançamento Projeto Porto Maravilha. Investimentos serão de R$ 392 milhões | Foto: André Luiz Mello – Agência O Dia

O governador definiu o início do projeto como a realização de mais um sonho dos cariocas que o governo Lula ajuda a concretizar.

O sonho de ver nesta área portuária a compatibilização dos pontos de vista comercial, urbanístico, de moradias e de entretenimento com os pontos de vista econômicos, com a geração de receitas e empregos através do aumento nas atividades no porto e em seu entorno, destacou Cabral.

O presidente Lula disse que a Zona Portuária do Rio é uma área histórica, com muitos prédios bonitos, que precisa ser revitalizada para se tornar mais um cartão-postal da cidade. Ele garantiu todo apoio do governo federal para a execução do projeto.

Vim aqui para dizer ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes que da parte do governo federal não irá faltar recursos para que concluam essas obras. É um lugar extraordinário, comentou Lula.

Depois de agradecer o empenho do presidente e de seus ministros para tirar o projeto do papel, o prefeito Eduardo Paes lembrou que já estão previstos investimentos em torno de R$ 3 bilhões para a segunda fase, dinheiro basicamente aplicado pela iniciativa privada.

É uma operação consorciada que será possível graças à aprovação do estatuto da cidade e às melhorias econômicas do país. Uma operação urbana que certamente vai significar benefícios para esta região e para toda a cidade do Rio de Janeiro mesmo depois que nossos mandatos acabarem, frisou Paes.

Segundo o prefeito, o projeto vai estruturar as atividades do porto, importantes para a economia da cidade, do estado e do próprio país, e fazer de uma área histórica da cidade, que se degradou ao longo de muitos anos, mais uma opção segura e confortável para o turismo, o lazer e a cultura cariocas.

Nesta primeira parte serão realizadas obras de intraestrutura (reurbanização completa da Praça Mauá, das principais vias do entorno, do Morro da Conceição e do píer; e construção de uma garantem subterrânea na Praça Mauá, com capacidade para até mil veículos); de habitação (criação de 499 residências com a recuperação de imóveis antigos na região portuária, através do programa Novas Alternativas); e de cultura e entretenimento (implantação de uma pinacoteca no edifício D. João VI; e do Musueu do Amanhí nos armazéns 5 e 6 do cais).

A revitalização da Praça Mauá custará R$ 145 milhões, financiados pelo governo federal e prefeitura; a construção da garagem, R$ 45 milhões pelo setor privado; a criação de unidades habitacionais, R$ 34 milhões, pela Caixa Econômica; a implantação da pinacoteca e do museu, R$ 150 milhões pelo Ministério do Turismo; e a alça viária entre Avenida Brasil e o porto, R$ 18 milhões pela prefeitura e Companhia Docas.
Fonte: O Dia Online – Rio de Janeiro,RJ