A Maersk Line está começando a usar uma nova modalidade de contratação (multi-year index-link), a qual muitos do setor acreditam que pode determinar um novo jeito de se precificar o transporte marítimo: os contratos são ligados às taxas de afretamento elaboradas pela CTS (Container Trades Statistics).
De acordo com a publicação marítima IFW, a ruptura com o padrão antigo aconteceu no começo do ano quando a companhia dinamarquesa aceitou os índices de preço da CTS, baseada nas taxas de contratos e no peso de acordo com volume, o que dá um panorama seguro e mais apurado ao mercado de contêineres.
Um número considerável de acordos de milhões de dólares já foram feitos com consumidores europeus baseados nos índices da CTS. Outras companhias também estão considerando utilizar os índices da CTS já que procuram por meios de concluir acordos de longa duração de forma a serem justas para as duas partes contratantes.
Tradicionalmente, contratos assinados pela Maersk são de dois ou três anos de duração, com termos fixados para mais de 12 meses e, então, ajustados para o ano de base subseqüente, conforme os índices da CTS, sejam eles anuais ou bianuais, dependendo do acordo.
A CTS é um companhia independente que surgiu depois que a ELAA (European Liner Affairs Association) fechou, e vem elaborando índices de taxas tanto para o seguimento de carga seca quanto de reefer que saem da ou vão para a Europa. Para o próximo ano, a previsão Oe de que os contratos baseados nos índices da companhia já comecem a ser disponibilizados também para os trades dos Estados Unidos.