A Petrobras conseguiu mais uma sonda de perfuração para atuar na área do pré-sal na Bacia de Santos. A empresa assinou contrato com Exxon e a empresa de perfuração Seadrill para cessão da sonda West Polaris, que acabou de perfurar um poço para a petroleira norte-americana no pré-sal. A unidade ficará com a estatal brasileira até o fim de 2010, segundo informou na quinta-feira o gerente de recursos humanos da Seadrill no Brasil, Cláudio Cordeiro. Ele não soube informar, porém, para qual bloco a sonda será deslocada.
Na terça-feira, o gerente-executivo do pré-sal da Petrobras, José Formigli, havia anunciado que a estatal negociava com a Exxon a utilização da sonda, dentro de uma estratégia para ampliar o número de unidades disponíveis para avaliar o pré-sal de Santos. A West Polaris foi responsável por dois poços no bloco BM-S-22, o único da região que não é operado pela Petrobras – a estatal, porém, tem uma participação de 20% no projeto. O primeiro poço, batizado de Azulão, foi concluído no início do ano, com a descoberta de indícios de petróleo e gás. O segundo, concluído recentemente, ainda não teve anúncio de descoberta.
A Seadrill entregará em breve outra sonda para o pré-sal, batizada de West Eminence, que está no Rio de Janeiro em processo de licenciamento. Uma nova unidade, Orion, deverá ser entregue no início de 2010. Outros dois contratos estão em fase de negociações, para entrega até 2012.
Para garantir mão-de-obra para a operação das unidades, a Seadrill cadastrou novos profissionais em seu estande na Brasil Offshore, realizado em Macaé (RJ), na semana passada. A expectativa da empresa é, até 2012, duplicar o quadro de funcionários, hoje com 470 brasileiros.
TUPI. A estatal quer explorar o pré-sal com pelo menos três ou quatro sondas de perfuração em elevadas profundidades que chegam no próximo semestre ao Brasil, contratadas no exterior. O gerente-executivo de Exploração da Petrobras, Mario Carminatti, disse que a prioridade dessas unidades deverá ser a conclusão dos estudos no entorno do Polo de Tupi, mas não só isso. Temos outras áreas de interesse na Bacia de Santos, todas no pré-sal, disse.
Segundo Carminatti, a companhia também está negociando com outras empresas que possuam sondas atuando em águas ultraprofundas no Brasil. A ideia é ocupar espaços ociosos entre um e outro contrato para fazer uma perfuração em suas áreas. Isso já foi feito com a Repsol, com a Anadarko e, agora, com a Exxon, citou o gerente.
Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Nicola Pamplona/Da Agência Estado