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Clippings - 15/10/10

Mancha de óleo na Baía de Guanabara

Estaleiros da Ilha da Conceição estão sendo acusados por moradores e pescadores do local de estarem ilegalmente lavando porões de barcos ou realizando limpeza de chatas e derramando óleo, resíduos químicos e fezes na já comprometida Baía de Guanabara. Segundo eles, há dias o cheiro do que parece ser óleo é tão forte, que chega a incomodar quem mora próximo à Igreja da Conceição, que a cerca de 200 metros do Cais. Um dos casos mais graves vem ocorrendo na localidade conhecida como Chatão da Biboca, uma comunidade com cerca de 70 barcos de pesca artesanal. Ao lado existem os estaleiros Shamon, Martin Leme, Silas e Camorim. Ontem no cais do Chatão da Biboca o sentimento entre moradores e pescadores era de indignação. Eles confirmam que se tornou frequente o despejo de óleo e resíduos químicos no local.

Pescadores apontaram ontem o motivo da denúncia: manchas de óleo boiando na água, que, segundo eles, já estariam no local desde as 2 horas da madrugada de quinta-feira. Às 10h30 de ontem ainda era possível observar o óleo se dissipando. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) chegou ao local para averiguar o problema. Durante todo o dia, o Inea acompanhou a mancha de óleo com o objetivo de avaliar se não se alastraria para outros pontos da Baía de Guanabara e qual seria a sua origem.

Uma lancha da Capitania dos Portos também foi acionada. Mesmo sem ter confirmado ontem a origem do óleo, para evitar que se espalhasse mais, o Inea solicitou ao estaleiro Chamom, o mais próximo da colônia de pesca, que colocasse em seu atracadouro e em volta de embarcações mantas absorventes. Segundo o fiscal do Inea, Almeida, quando o órgão descobre a origem de um vazamento deste tipo é feita uma notificação ao estaleiro.