Secretaria de energia promete documento para breve, mas já descarta levantamento do potencial solar do Estado.
O tão esperado Mapa Eólico de São Paulo será lançado no segundo semestre deste ano. A afirmação é do assessor da Secretaria de Energia do Estado, o engenheiro Jean Negri. Segundo ele, as medições começaram oficialmente em abril de 2010 e terminaram no mês passado.
O mapa agora está em fase de verificação dos dados. Foram identificadas sete potenciais regiões para se instalar torres eólicas, adianta Negri. Segundo ele, o estudo, se limitará a indicar os possíveis locais para se implantar os parques. Esse era o objetivo. O próximo passo é oferecer essas medições com doze meses de estudo a algum investidor para que, em seguida, este possa levantar o potêncial de geração energética dessas regiões.
Questionado sobre a demora da realização do mapa, anunciado desde 2008, Negri explica que a maior dificuldade foi conseguir autorização para a instalação das torres anemométricas – utilizadas para realizar medições dos ventos. Os donos dos terrenos não liberavam a instalação dos equipamentos. Foi uma negociação complicada. Só conseguimos começar as medições em abril do ano passado.
Um dos objetivos da secretaria, desde que anuncia os estudos sobre o potencial de geração a partir dos ventos em São Paulo, era criar também um atlas com as regiões mais indicadas para a instalação de usinas solares. Negri conta, porém, que a ideia está descartada. Tínhamos a intenção de captar a radiação das torres anemométricas e, a partir disso, levantar o potencial solar. Entretanto, foi constatado que essa não seria uma forma adequada e a ideia acabou sendo desconsiderada.
Negri afirma ainda que a secretaria vem trabalhando forte a fim de viabilizar novos projetos de geração de energia elétrica em São Paulo. Uma das inicativas em andamento é um projeto piloto, em parceria com um instituto americano, no qual está sendo feito um mapeamento hidrológico em uma bacia em São Paulo. Buscamos aqueles empreendimentos antes descartados por investidores e já foi identificado um potencial de 480MW. A secretária é o coordenador técnico do estudo, revela Negri. De acordo com o assessor, o projeto corre em sigilo e só será divulgado no próximo ano.