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Clippings - 20/07/09

Marsh e Swiss Re reforçam aposta no país

O apetite de empresas estrangeiras pelo Brasil, mesmo com a crise, continua forte. A Swiss Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, e a Marsh, uma das maiores corretores de seguro e resseguro do planeta, resolveram transformar o Brasil em polo regional de resseguro.

A Marsh está trazendo para o Brasil a Bowring, sua unidade global especializada pela colocação de resseguro em propriedade e acidentes (casualty). Além disso, transformou o Brasil em um de seus polos internacionais para o mercado de corretagem de resseguro. Quem vai tocar as operações, a partir de São Paulo, é o executivo Eduardo Hussey, que estava em Miami. Nos primeiros meses, o objetivo é atender os clientes no Brasil, para em seguida operar para outros países da América Latina.

Thomaz Menezes, CEO da Marsh Brasil, América Latina e Caribe, avalia que a abertura do mercado criou a necessidade dos clientes locais terem acesso ao mercado externo. Antes, tudo era feito via IRB. Segundo ele, no resseguro, o Brasil vai estar para América Latina assim como Cingapura está para a Ásia e Londres para Europa (e o mundo). Segundo ele, a vinda de grandes resseguradoras estrangeiras e do Lloyds de Londres para o Brasil foi o que motivou a decisão da Marsh. A previsão da Marsh é de que nos próximos cinco anos a corretagem de resseguros represente 10% da receita do grupo no Brasil.

A corretora tem outros sete polos globais. Além de São Paulo, há Londres, Dubai, Zurich, Miami, Cingapura e Bermudas. O brasileiro é o último desses centros a ser implantado. No ano passado, a Bowring Marsh movimentou US$ 1 bilhão em prêmios. Vamos dar acesso a todo o mercado global a partir do Brasil, diz Hussey.

Já a Swiss Re, como reflexo de uma reestruturação global, resolveu reorganizar suas operações. Fechou alguns escritórios e reforçou outros. A unidade brasileira passou a ser a responsável pelas operações de toda a América do Sul. O México vai cuidar da América Central e alguns países, como Bolívia e Colômbia. A unidade dos Estados Unidos vai cuidar de Porto Rico e Venezuela.

Jorge Cañardo, diretor da Swiss Re responsável pelas operações no Brasil e Cone Sul, diz que após a crise, a resseguradora traçou três objetivos. Focar nos riscos que entende melhor, consolidar o capital e ajustar a estrutura global. Foi justamente a investida da Swiss Re no mercado financeiro, principalmente em apostas com derivativos de crédito, que provocou o problema, que culminou com prejuízo recorde e rebaixamento do rating. (ASJ)