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Clippings - 03/09/10

Megaoferta da Petrobras atinge até R$ 128 bilhões

O total de recursos que a Petrobras levantará depende do preço que será fixado pelos investidores durante a oferta

A oferta de ações da Petrobras será de R$ 111 bilhões, a preços de mercado de ontem, e poderá atingir R$ 128 bilhões, em caso de demanda extra pelos papéis. Assim, o aumento da capitalização da estatal será de 42% a 49%. A companhia encerrou o pregão de ontem valendo R$ 260 bilhões na bolsa.

O total de recursos que a Petrobras levantará depende do preço que será fixado pelos investidores durante a oferta. Serão emitidas 2,174 bilhões de ações ordinárias e 1,585 bilhão de preferenciais. A operação será ampliada em até 15%, conforme o apetite do mercado. Do total de papéis a serem emitidos, 80% serão reservados a quem já é acionista da empresa. O restante será oferecido ao varejo e a preferência será dada a funcionários da estatal. Os empregados que fizerem o investimento receberão benefício de 15% sobre o valor que aplicarem.

A taxa de retorno prevista para a exploração dos cinco bilhões de barris que a Petrobras comprará da União incomodou os investidores. Em teleconferência com analistas, a estatal confirmou que a taxa é de 8,83% ao ano. Segundo o presidente da Petrobras, José Gabrielli, é próxima ao custo de capital da companhia. Isso significa que a estatal não vai gerar valor com esses barris pelo menos até o fim da fase de exploração, como se tomasse dinheiro emprestado a 8,83% ao ano e o investisse pela mesma taxa. No seu plano de negócios de cinco anos, de US$ 224 bilhões, a taxa de retorno média dos projetos é de 14%.

Gabrielli disse que os ganhos de sinergias obtidos na fase de exploração, com prazo previsto de quatro anos, serão repassados ao governo, já que haverá renegociação de preços que levará isso em consideração. Os ganhos com redução de custos na fase de produção ficarão com a petroleira. As reuniões internacionais com investidores devem começar no domingo e durar duas semanas, começando na Europa, passando por Londres, e depois pelos Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio.

A oferta terá impacto relevante na bolsa. Enquanto a operação estiver no perãodo de reserva, analistas apontam a possibilidade de forte realização de lucros no mercado. Os investidores que desejarem comprar papéis na operação, tanto para não serem diluídos quanto para fazer um novo investimento, terão de fazer caixa, o que poderá detonar ordens de venda para diversos papéis, diz Erick Scott Hood, da SLW Corretora. A movimentação deve aumentar o volume de negócios.